Finalmente temos a notícia que o serviço de urgências continua aberto 24 horas (ver Boletim Municipal), mas também a confirmação de que os serviços do hospital serão restritos e especializados cabendo ao Hospital de Sta. Luzia a ortopedia no âmbito da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano.
Essa raiz é a minha cidade, onde nasci e onde vivi até aos 12anos.
Nunca abandonei a minha cidade e por muitas razões. Desde logo a quase doentia ligação do meu pai à cidade onde não o deixaram morrer; depois porque os meus irmãos e eu mantemos sistemáticas e cruzadas memórias com a cidade, falamos delas, recordamos lugares, episódios, tradições (o Natal e as roncas, a Páscoa e o ramo de alecrim, o S. Mateus, os pendões., os foguetes) uma miríade de sensações que, ao fim e ao cabo, justificam a raiz de que falei. Desde o momento que saiu de Elvas até se tornar um dos mais prestigiadosadvogados a nível nacional há uma vida. Que momentos regista desse momento chamado vida? Desde logo o desenraizamento provocado por falta de estabelecimentos escolares.
Os meus pais viram-se forçados a sair de Elvas, com profundo desgosto e uma mágoa indelével para toda a vida, porque não havia Escolas Secundárias Públicas em Elvas. Havia o Colégio Elvense e o Colégio Luso - Britânico e não havia dinheiro para educar e instruir sete filhos. Dai a emigração.
Depois, o Liceu de Santarém onde inicialmente fui recebido como “estrangeiro” o que, com o tempo, desapareceu.
Acabado o liceu, a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, as Repúblicas (onde vivi), o curso, os colegas, a Praxe, a estúrdia, os movimentos associativos, a luta contra o regime ditatorial, a guerra colonial.
Finalmente, Lisboa, o Escritório, a Advocacia, os Movimentos Sociais, a Ordem dos Advogados, a decadência da Advocacia, as crises, e, acima de tudo, o 25 de Abril onde o meu irmão António Manuel interveio como Capitão da Escola Prática da Cavalaria e eu, como civil, colaborei.
Hoje ainda, a intervenção cívica e social, as responsabilidades judiciárias, o Escritório, o Conselho Superior do Ministério Publico, a minha família, os meus filhos (e colegas) o desporto, enfim, um mundo da responsabilidades de realizações e de frustrações, que me alimentam e me justificam. Foi candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados, tendo já exercido diversos cargos nessa organização. Como olha um um homem da Justiça para o funcionamento da justiça? Olho para a Justiça com uma ambivalência esquizofrénica: gosto do que faço, há algo de lúdico nos riscos, nas salas de Audiências, nas relações com Colegas e Magistrados. Ao mesmo tempo, a degradação profunda da Advocacia, a insensibilidade do poder político, a cultura da autoridade do aparelho judiciário, a exclusão social provocada pelo funcionamento da máquina judiciária, a lentidão, a imponderabilidade das decisões, o preço da Justiça, o formalismo patológico, tudo isso me perturba e me desgasta. Dai a relação de amor/ódio com a Justiça. Sendo advogado do SLBenfica, e com reputação na área da justiça desportiva em Portugal, como olha para um pequeno clube como o "O Elvas CAD"? Tenho do desporto três visões distintas, mas não antagónicas: o desporto profissional onde desejo que o Elvas não se queime em lume brando (pois já não estamos na época do Patalino que recusou jogar no Benfica por amor à sua terra e à sua camisola).
Depois o desporto escolar (que saudades eu tenho das piscinas que não tive) onde eu penso que Elvas não fica atrás de ninguém em Portugal.
Finalmente, o desporto informal, o que eu pratico e me dá força para suportar a vida que levo (aqui não conheço as infra-estruturas de Elvas, embora, à vista desarmada, não me pareçam boas).
Resumindo: “ O Elvas CAD” pode ser a melhor Escola de Desporto para os jovens e para o fomento do Desporto informal. Se o conseguir… Um provinciano em Lisboa ou um alfacinha por adopção? Um inveterado provinciano em todo o lado, mesmo em Londres, em Roma, em Paris ou Nova Yorque. Obviamente, também em Lisboa. Ser provinciano é ser solidário, sentir as pessoas, ser directo, ser substantivo.
O que me perturba são os suburbanos de Lisboa que julgam que são urbanos.
São uns cavaleiros de triste figura. Desde o Olimpo de Lisboa como se olha para o desenvolvimento do interior, e no caso concreto de Elvas? Lisboa não é um Olimpo e Elvas não é o deserto.
Radiografar as duas cidades cedo verificará que a grandeza e a miséria de Lisboa são exponencialmente maiores do que em Elvas. A diferença é que a grandeza não é muito maior, mas a miséria é-o.
Sou pela regionalização. Sempre o fui. Não admito que um burocrata de Lisboa comande os destinos de Bragança, de Castelo Branco, de Elvas ou de Évora.
A questão da regionalização foi mal “vendida” no Referendo e deu no que deu. Os Alentejanos do Alto e do Baixo Alentejo podem e devem criar uma Região Administrativa dotada de autonomia, garantindo os fluxos financeiros equiparados às demais regiões que, por via da informalização regional acabam por ser hiperfavorecidas. As industrias agrícolas, o turismo e o comércio alentejanos têm ingredientes e potencialidades próprias que urge aproveitar. Poderá esta nossa Cidade triunfar economicamente numa economia global?Utilizando que armas? Pode. Elvas tem potencialidades geográficas, históricas, culturais e sociais que lhe permitem beneficiar da globalização geradora da especialização com qualidade. Tudo vinga desde que tenha qualidade.
Pode parecer prosaico lembrarmo-nos das Azeitonas, das Ameixas, do Sericá, das Muralhas, dos Fortes, dos Arcos da Amoreira, da conexão com Espanha, mas não é. São factores de desenvolvimento com qualidade. Que lhe falta em Lisboa que teria se estivesse em Elvas e vice versa? Em Lisboa faz-me falta descansar. Em Elvas faz-me falta trabalhar. Um retorno às raizes raianas após a aposentação fazem parte do seu horizonte? Sim, embora de forma partilhada com Lisboa e Santarém. Que imagem retem ao fechar os olhos e recordar-se da sua cidade natal? A Rua de S. Lourenço, o Largo das Almas (onde nasci), a Escola Tomaz Pires a Escola da Boa Fé, jogar à bola no Castelo ou no Cão Cão, a Sé e a Praça D. Sancho II, o jardim, o Senhor Jesus da Piedade, os Arcos da Amoreira, o carro de ladeira na Rua do Mercado, o peão, a arco, acima de tudo, os meus pais, a luta pela sobrevivência numa época madrasta de clausura social e de deserto educacional.
Porque será que nos lembramos mais e melhor dos tempos difíceis?
Por isso, Elvas está sempre presente na minha memória e na minha vida.
Porque rir é o melhor remédio...
Sergei é o pseudónimo de Paulo Teixeira. Nasceu a 20 de Fevereiro de 1970 e actualmente é criativo/ilustrador de publicidade em Lisboa, onde vive. Paralelamente dedica-se de corpo e alma ao desenho humorístico, principalmente à area das Tiras humorísticas e do Cartoon. São de sua autoria as tiras humorísticas "Os Compadres", já publicadas em diversos meios, e está representado em numerosos sites nacionais e internacionais.
Ganhou diversos prémios nacionais nesta área, com destaque para os mais representativos do meio gráfico humorístico. São eles:- 2º Prémio e Menção Honrosa em B.D., no "2º Concurso de B.D. da Câmara Municipal de Moura" - Portugal.- Prémio da Juventude no "V Salão Livre de Cartoon e Caricatura" - Portugal.- 1º Prémio de Cartoon e 1º Prémio de B.D. no "3º Concurso de B.D. da Câmara Municipal de Moura" - Portugal.- 1º Prémio de Cartoon no "VI Salão Livre de Cartoon e Caricatura" - Portugal.- 3º Prémio de Cartoon no "Amadora B.D." - Portugal.
Já foi publicado no Diário de Notícias, Revista Quo, Jornal BD e Diário Destak.
encomende aqui
Do lado da Junta da Extremadura e da Alcaldia de Badajoz tentarão ver assumido pelos governos nacionais ibéricos a localização da Estação Internacional do Caia bem como a definição do modelo de gestão das plataformas de Elvas e Badajoz. Estes assuntos interessam também a Elvas e esperamos que as resoluções sejam assumidas numa óptica conjunta e de interesse às duas cidades.
Por questões idiológicas/partídarias o Regedor voltou costas a Badajoz! Ultrapassar os diferentes pontos de visão entre o Regedor e o Alcalde de Badajoz, e, assumir o papel que as duas cidades têm, e que terá que ser cada vez mais assumido por ambos, é também uma meta que espero ver alcançada por altura desta Cimeira Ibérica.
Recordemos ainda as palavras de ontem do Presidente da Junta da Extremadura durante a abertura dos Encontros Ágora, onde estiveram presentes Mário Soares e Felipe Gonçalez, para a proposta a Elvas para a criação da Eurocidade:
Una red de hermandad europea ( El Periódico Extremadura - 24/10/2006 ) http://blogs.hoy.es/Eurociudad/Éditos antigos que continuam bem actuais: 6 de Janeiro de 2006
Elvas / Bethlehem
Terminam hoje as Festas Natalicias e após a visita ao presépio exposto no Museu de Fotografia, imaginei que Elvas poderia ser a Capital do Natal no Alentejo, e tal qual Bethelehem ser uma estrela no Alentejo em época natalícia. Vou deixar o desafio ao Palácio do Regedor, de no Natal de 2006, pôr em prática esta ideia que hoje aqui vos deixo, e que já enviei para o Município.
Esta iniciativa tem como base de partida a exposição realizada no Natal’05 no Museu Municipal de Fotografia João Carpinteiro, em que foi exposto com elevado êxito o presépio tradicional de Amélia Canoa acompanhado por algumas fotografias.
O objectivo servir de motor de atracção para o comércio e turismo do burgo durante a quadra festiva, transformando Elvas na Bethlehem do Alentejo.
Que medidas proponho:
- Voltar a expor o Presépio Tradicional de Amélia Canoa;
- Repetir e melhorar, se possível, o Présepio ao Vivo;
- Convidar artistas locais e nacionais a elaborarem um presépio, e desta forma montar uma exposição de Presépios Artísticos;
- Convidar as várias embaixadas sedeadas em Portugal a montarem um Presépio típico do seu país de origem, numa Exposição de Presépios do Mundo;
- Lançar um concurso de vitrinistas em que o Présepio seja o elemento central, em detrimento dos Pais Natais;
- Incentivar as várias colectividades a montarem presépios nas suas instalações;
- Lançar um concurso escolar de montagem de presépios;
- Montar nos diversos bairros da cidade e nas freguesias rurais, junto de associações de moradores e outras colectividades vários présepios, fazendo que esta actividade seja realmente concelhia e não apenas do Centro Histórico;
- Lançar uma campanha de recolha de fundos de forma a possibilitar as famílias mais carenciadas do concelho uma época mais alegre;
- Lançar um concurso de ornamentação de árvores de natal, destinado a particulares, numa das principais entradas da cidade (Viaduto, por exemplo);
- Efectuar um bazar de Natal, tipo Feira das Oportunidades;
- Dinamizar o aparecimento de grupos musicais tradicionais que dêem continuidade à tradição do “Cantar ao Menino”, como aconteceu na semana pré 25/12 ou como aconteceu em Barbacena e na Terrugem;
- Colocação de um foco de alta potência, tipo farol, no Forte de N. Sra. Da Graça, qual estrela de Belém.
Espero sinceramente que, se não na totalidade parcialmente, o Projecto Elvas / Bethlehem possa ser uma realidade.
Quanto ao Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, vulgo PIDDAC, para o ano de 2007 e para o concelho, este é contemplado com um total de 2.240.151€ distribuido do seguinte modo:
- Ninho de Empresas de Elvas - 15.000€
- Programa Polis Elvas - 935.246€
- Estabelecimento Prisional de Elvas - 37.500€
- Biblioteca de Elvas, no âmbito da RNPB - 27.721€
- Conservação do Parque Escolar, tuteladas pela DGEALT - 31.500€
- Pálacio da Justiça, para Salas de Audiências - 250.000€
- Hospital de Sta. Luzia, melhorias na área de farmácia - 211.921€
- Plataforma Multimodal - não há!?!?
- Estabelecimento Prisional com investimento?! assegura isto o não encerramento do mesmo??
- Para além da recuperação do Rossio de S. Francisco quais são as outras áreas onde se vai despender os euros Polis??
- Com a remodelação no organograma do Ministério da Justiça e das comarcas judiciais está assegurado a continuação da Comarca de Elvas??
Esta balança de lenha é constituída por uma barra de ferro com dois ganchos na extremidade; ao centro, encontram-se o fiel e o gancho de apoio; os pratos são constituídos por dois estrados de madeira, de cor verde e forma quadrangular, com reforços em ferro e correntes para as suas suspensões. Este objecto tem 2,05 metros de altura e 1,82 metros de altura. A proveniência desta balança é do Monte da Gramicha, próximo da estrada de Elvas para o Caia.
Este tipo de balança era utilizado nos montes alentejanos para pesar a lenha que os lavradores tencionavam vender para fins domésticos (aquecimento e cozinha) ou comerciais (fornos das padarias). Esta peça está patente em exposição até dia 31 deste mês.
Continua a decorrer a Feira do Livro de Elvas que hoje tem como destaque o lançamento da obra infantil:
- Primeiramente há que ter em conta que o Hospital de Santa Luzia está neste momento englobado na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, conjuntamente com todos os Centros de Saúde do distrito e o Hospital José Maria Grande de Portalegre, tendo assim uma gestão una e em rede.
- O serviço de Urgências de Elvas não foi reconhecido em 2001 como serviço de referência de emergências.
Neste dia dedicado a São Geraldo Majela quero deixar alguns destaques de aqui e ali:
LADY said...
«Ze de Mello quero dar-lhe os parabens, traz aqui temas muito inteligentes.Eu penso que o Regedor tem seguido uma politica de governação única e exclusivamente voltado para o voto do idoso,dado que a nossa população esta envelhecida, e os jovens vão para fora do Concelho como V.Exa.atrás analisou e muito bem.Gostaria que alguém pergunta-se ao Regedor se ele questionou toda a população de Elvas, acerca dos gastos dos dinheiros públicos , sim públicos, porque os jantares, e as viagens a Fátima somos nós todos os contribuintes que as pagamos. Tudo isto a pensar sempre no voto, e claro em si próprio.E penso também que isto não é um problema para a oposição , porque a mesma no nosso Concelho já deu provas de ser bem fraquinha. Ou mesmo inexistente. Passa sim por um conjunto de pessoas, que consigam vêr para além do voto, que tenham consciência que o trabalho autarquico é remunerado e muito bem... Nada comparado à pensão de um reformado.Existe obra feita.É um facto.Mas a mesma foi sem estratégia, basta vermos que os equipamentos existentes são edificadoscomo se tratasse de uma manta de retalhos.»
O que dizem os outros sobre Elvas:
Quarta-feira, Setembro 27, 2006
Com a devida vénia a Nuno Veiga no seu http://cadoalentejo.blogspot.com/
Blogosfera Elvense:
De Luis Felipe Gonçalves recebemos a informação deste novo sitio para os Portugueses Residentes em Espanha: http://www.forumportugueses.com/
Os Fotografos de Elvas unidos já estão disponiveis online e abertos à participação de todos em : http://fotografosdeelvas.blogspot.com/
Da Conselheira Xanu mais um blogue desta vez dedicado às músicas que nos embalaram a vida: http://musicasdasnossasvidas.blogspot.com/
Da Caixa do Correio:
Há já algum tempo recebi esta mensagem. Quem Souber que responda! «Boa noite. seu Zé de Mello. Estou cansadinho de ir a Elvas (virtualmente) à procura duma resposta que ninguém me dá. A câmara tem funcionários muito sisudos que não dão bola para essas minudências do futebol, e o site do Elvas CAD parou no tempo. Os mails foram-se.
E que quero eu saber?
Só o nome dos campos onde jogavam, em 1947, o Benfica e o Sporting de Elvas, que fundindo-se nesse ano deram origem ao Elvas CAD.
Será que o sr Zé de Melo me vai esclarecer? Muito grato lhe ficava.
Cumprimentos
Victor Sousa
Porque rir é o melhor remédio...
- Para a área social este declarou que se iria colocar no terreno equipas de animadores desportivos que incentivassem aos elvenses a partir dos 5 anos à prática de várias modalidades que não apenas o futebol. Até hoje nada de concreto se vê! Sei que faltam 3 anos de mandato mas esta pareciam-me importante e de fácil implementação.
- Nesta área social foi apontado também a construção de um lar de acamados na cidade, o que poderá vir a ser uma valência única e pioneira no pais, pois a este Velho Conselheiro parece-me que pouco a pouco o Hospital de Elvas se está tornando nesta promessa eleitoral.
- Para a área económica e para o futuro do concelho o eleito Regedor traçou dois vectores: A Plataforma Multimodal do Caia e o Turismo. Até hoje ainda se espera a conclusão do Masterplan do Caia encomendado à EST e com conclusão prevista para o Verão' 06, bem como a revisão do PDM de forma a que o Governo avance com os primeiros investimentos no terreno. Recordo ainda que o Regedor anunciou o inicio das obras até final de 2006, pelo que ainda faltam 2 meses para que o Palácio do Regedor e o Governo da Nação cumpram!
- Para o turismo este defendeu, e continua a defender, o lógico: "a ideia da coligação das várias Regiões de Turismo numa só. Para isso terão que todos os 47 concelhos alentejanos ser alertados para a situação da venda do turismo nos mercados emissores e da necessidade deste organismo único." Para os mais distraidos fica a informação de que essa estrutura está prevista no organograma do Ministério da Economia estando já a funcionar desde há vários anos e sendo a responsável pela venda nos mercados exteriores da marca Alentejo. No entanto o divorcio político entre o Palácio do Regedor e a RTSM/Norte Alentejano faz com que nenhum dos objectivos traçados por Ceia da Silva para o Turismo Elvense tenham sido concretizados. Cabe a Elvas governar-se a si própria.
- Quanto ao processo de candidatura das Fortificações de Elvas ao selo Unesco, outro trunfo das eleições, e, depois duma primeira apresentação da Comissão Científica há um ano, e tendo em conta o sucedido com a candidatura de Marvão, espera-se que quer o Regedor quer a Vereadora do Sector estejam atentos e alerta pelo bem economico e estratégico que esta constituí.
Recordando as declarações do Regedor aos orgão de comunicação social, bem como o seu discurso de Tomada de Posse, verifica-se que este escondeu durante a campanha eleitoral informações aos municipes. Apenas após as eleições se fala nas dificuldades que se avizinhavam, encerramento da Maternidade, Hospital, extinção do RI8, saída da PSP e outros organismo da cidade. Aqui perdeu! Não, porque fossem decisões da sua competência, mas porque o escondeu da população e não lutou com os Elvenses pela sua manutenção, escudando-se numa reunião com o Primeiro Ministro que até à data também em nada frutificou.
Sei que foram apenas 365 dias, e que neles não se pode cumprir um programa eleitoral desenhado para 4 anos, mas conscientemente eu e o Regedor sabemos que este foi o seu "annus horribilis".
A bem de Elvas, dos Elvenses e daqueles que a escolheram para viver, espero e desejo um ano melhor de governação a Rondão Almeida e à sua equipa, e, que definitivamente se passe de uma média anual de 1.000.000 de contos de investimentos em betão para um investimento, por si prometido, nas pessoas!
Todos Somos Elvas!
Eis a grande questão sobre o futuro de Elvas que hoje vos trago a debate.
Olhando para o mapa abaixo retirado da Wikipédia verificamos a evolução da população concelhia desde o século XIX até ao ano de 2004.
Uma primeira leitura faz-nos ver como a nas últimas décadas a população tem diminuído e tudo aponta para cada vez mais a desertificação de concelhos periféricos como o de Elvas.
Mas mais preocupante, pelo menos para mim, é verificar que a grande diminuição da população tem a ver com a saída de população activa. Olhando para o mapa abaixo referente ao Censos 2001 do INE, podemos ler como entre 1991 e 2001 a população activa, isto é a população com idades compreendidas entre os 25 e 64 anos teve uma flutuação negativa de 4,7 pontos percentuais. Agrava esta leitura e o panorama sociológico a saída de jovens, filhos desta população bem como a diminuição da natalidade.
Se alguns acusam o Regedor de governar para a 3ª idade, ou como o mesmo prefere, a Idade de Ouro, ele fá-lo com certeza, porque os “nossos avos” o merecem mas também porque no final de contas a grande massa electiva está concentrada nesta população maior de idade. Cabe às oposições ganharem esta percepção se quiserem “ganhar” eleitores.
Mas que é necessário debater é o que fazer para travar a saída de jovens do Concelho? Que iniciativa pode o Regedor empreender para trazer de volta a casa aqueles que rumam às metrópoles para continuar estudos e depois já não regressam a Elvas?