edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 31.1.06
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edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 30.1.06

Mais uma vez este Velho Conselheiro tenta que este blogue tenha a maior diversidade possível, e assim, inicia hoje a publicação de respostas às suas curiosidades sobre vários elvenses notórios, emigrados, anónimos ou outros cuja opiniões queiram partilhar connosco. Esta iniciativa, que resulta da troca de correspondência electrónica, tem como estreante Cláudio Ramos, um africano de nascimento e elvense de adopção que hoje em dia chega a casa dos elvenses via SIC.



Continua a residir no concelho de Elvas ou já se mudou para Lisboa?
Passo a semana inteira em Lisboa e alguns fins-de-semana por força do trabalho, mas a minha base é em Vila Boim onde tenho família e onde construí a minha casa, onde, de resto faço questão de educar a minha filha e ver a terra crescer, viver histórias e desenvolver.
Que distancia existe entre a RR-Elvas, onde começou, e a SIC?
Uma distância enorme. Nunca me foi dado o valor profissional que tenho em nenhuma das estações de rádio por onde passei. Antes da RR-Elvas tive a possibilidade de colaborar com a extinta RDP – Elvas, onde fui muito mal tratado profissionalmente, porque não me reconheceram capacidades nem oportunidades me deram. O que consegui foi a pulso. É óbvio que um dia de trabalho na RR-Elvas não tem comparação com o de trabalho numa estação de televisão. O que gosto mesmo de fazer é televisão, é onde me sinto feliz e é para isso que trabalho diariamente para aprender muito e cada vez mais. Em Elvas, na rádio valia-me o apoio de quem me ouvia e gostava de mim, dos colegas e da enorme vontade de se fazer sempre bem, mesmo remando com pouco dinheiro e falta de meios. Em termos profissionais, entrego-me de igual forma ás duas tarefas. O que faço, faço questão de fazer bem.
Entre o croquete e o espumante barato, o saldo de amigos é favorável ou colheu mais inimigos no “social”?
Não tenho amigos no mundo da televisão. Tenho gente de quem gosto, e uma ou duas pessoas em quem posso realmente confiar. Nesse aspecto a minha vida não mudou. Os meus amigos de sempre – poucos, por sinal – estão no Alentejo. São os que me conhecem e me tratam por Cláudio.
É talvez uma das figuras mais polémicas da TV lusa, é esse o Cláudio Ramos ou é apenas a personagem de um actor?
O que eu não gostaria de ser era uma figura indiferente. Não acho que deva passar pela vida dessa forma. Se me perguntar se esta era a imagem que eu gostaria de ter, não lhe vou mentir, e seria mais gratificante se as pessoas me achassem simpático no lugar de arrogante, simpático no de antipático… mas nada na vida é como nós queremos, comigo não seria diferente. Ninguém é como os outros o julgam, nem mesmo – muitas vezes – como nos julgamos nós.
Sendo um homem da imagem que faz falta para que a marca “Elvas” deixe de estar associada ao Processo Casa Pia e passe a significar Turismo Cultural?
Não acredito que a imagem de Elvas esteja ligada a esse processo. É um caso isolado que se vai resolver na justiça como acontece em milhares de outros lugares. Acho que Elvas precisa obviamente apostar mais na divulgação nacional da sua cidade, porque ela tem bastantes atractivos e actividades, que por vezes pecam apenas e só, pela pouca promoção. A promoção por si só não resulta, tem que ser bem feita e no alvo certo.
Tem uma filha, dois livros publicados e pressuponho que já tenha plantado uma árvore. Que lhe falta alcançar?
Mais dois livros que estão quase prontos. Um infantil e um outro romance. Falta-me fazer muita coisa, quase tudo e cada dia que passa tenho a noção de que me falta ainda mais e que em 33 anos fiz muito pouco daquilo que poderia ter feito.
Raiano por adopção, entre a Hola! E a Caras fica com….
A Caras que é Portuguesa e a directora é irmão de uma grande amiga minha J Além disso é portuguesa e, tal como amo apaixonadamente o Alentejo, sou português em demasia para trocar uma açorda por um arroz à valenciana.
Que separa a “Tertúlia Cor-de-rosa” dos programas do coração das Televisões Espanholas?
Nada. Apenas, que em Espanha este tipo de programas são sustentados por uma enorme industria. Que só agora começa a ser conhecida em Portugal. Nós somos pioneiros numa coisa em Portugal, que em Espanha se faz há décadas. É como comparar as novelas da Globo com as da NBP.
Escreveu em tempos: “No Alentejo e na minha Vila Boim, tenho tudo o que preciso... só me falta uma estação de televisão para seguir carreira :)”. Agora que Elvas se prepara para ser servida por televisão por cabo, é esta a oportunidade para um canal local ou estamos condenados a ser servidos pela Localia, TeleFrontera e Canal Extremadura?
Preciso fazer o que me dê prazer e ganhar dinheiro com isso. Sofro copiosamente por estar longe do meu habitat natural, mas seis que por muita televisão por cabo que Elvas tenha, não tem o dinheiro que preciso para viver. Além disso tudo é muito complicado. Já tive um convite para trabalhar numa estação em Badajoz. Mas chega a uma altura em que não se pode trabalhar só por prazer, o dinheiro faz-me falta. Sendo eu quem sou, não faz sentido pagar para fazer rádio – como me pediram quando sugeri uma colaboração, na altura me que tive que me vir embora – só na cabeça de gente pequena que não tem a mais pequena noção do valor de mercado.
Se tivesse que escolher como “décor” um monumento elvense qual seria e porque?
Permita-me que escolha a praça de Vila Boim. Que me viu crescer e onde passei tão bons momentos. É linda.
De todos os trabalhos já concluídos em Televisão qual o que lhe deu mais prazer fazer?
Todos me deram um prazer especial, trabalhar com a Teresa Guilherme a fazer reportagens de exteriores para o Rosa Choque foi um dos que me deu mais prazer. Porque nesse papel, tinha uma função diferente da que tenho agora. Apresentar as “Noites Interactivas” na TV Cabo com a Luísa Castelo-branco também foi uma enorme mais valia. Gosto de tudo o que fiz até hoje, porque mesmo o que menos me agradou, serviu para eu crescer profissionalmente.
Daqui a 10 anos a sua filha vai chegar a casa e vai dizer: “Pai, Elvas é…..”
A minha cidade!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 27.1.06
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A próposito do novo Regimento das Reuniões do Capítulo do Palácio do Regedor, noticiado pela Rádio Elvas:
"A Câmara Municipal de Elvas vai passar a ter algumas reuniões do seu executivo sem a presença do público e dos repórteres da comunicação social. De acordo com o regimento de funcionamento das reuniões camarários, aprovado ontem, quarta-feira dia 25, apenas a segunda reunião de cada mês permite a presença de elementos do público, já que a primeira das duas reuniões mensais fica restrita a autarcas e técnicos que acompanham estas sessões. Assim, já em Fevereiro, a reunião de dia 8 vai decorrer sem público, enquanto a de dia 22 permite a presença do público, comunicação social incluída. Nas sessões a realizar nas freguesias, todas vão ser abertas à presença de munícipes."
Pergunta este Velho Conselheiro, para além das actas não estarem disponiveis na sua página da internet, como em outras localidades, porque fechar à população o direito de assistir? Em vez de uma informação isenta teremos comunicados com o "relato" das argumentações?
Outro assunto que tem levantado polémica tem sido as forças, pressões, e ameaças que tem feito alguns blogues locais desaparecerem ou trocarem as voltas a quem não percebe o que é a democracia e tenta controlar tudo e todos. Assim o blogue Forum Elvense, parece ter sido forçado a eclipsar-se. Também a Xanu no seu Coisas Simples, se desespera com a censura que parece querer instalar-se na Cidade de Elvas.
Muitos têm tentado saber quem é o Cidadão por detras do Zé de Mello, outros ignorando-o dão-lhe mais força, o único proposito deste blogue é expressar livremente opiniões pessoais de quem já foi Ministro Real e agora é Conselheiro em Elvas.

Prometo continuar a mesma linha que tem sido seguida até hoje, não ofendendo ninguém e com o principal objectivo de fazer pensar!

Bem Hajam!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 26.1.06
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Completaram-se ontem 139 anos do nascimento desta ilustre elvense.

"Adelaide Cabete é uma das figuras importantes da história portuguesa do início do século XX. Foi médica e professora, Nasceu em Elvas, em 25 de Janeiro de 1867 e faleceu em Lisboa, em 14 de Setembro de 1935. De origem humilde e órfã, desde criança conheceu o duro trabalho da ameixa e doméstico, em casas ricas de Elvas, nas quais, de ouvido, aprendeu os rudimentos da escrita e leitura. Cantando «Saias» na passeira das ameixas, atraiu a atenção de Manuel Cabete. Casaram e o marido, que a ajudava nas tarefas domésticas, lançou-a nos estudos e na militância republicana e feminista. Já com 22 anos fez o exame de instrução primária. Em 1895, mudam-se para Lisboa, onde é uma aluna ainda mais aplicada, dizendo-se que enquanto lavava o chão de sua casa, ia revendo as matérias de Anatomia no livro encostado ao balde. Foi uma das pioneiras na Universidade, na Maçonaria e no Feminismo. Na capital torna-se médica ( Ginecologista/Obstétra com consultórios na Baixa), publicista, republicana, maçón, feminista, anti–alcoólica, abolicionista, pacifista e defensora dos animais. Em 1929 vai com o sobrinho Arnaldo Brasão para Luanda, de onde regressa em 1934.
Foi médica e professora das «meninas de Odivelas», regendo a disciplina de Higiene e Puericultura, durante 17 anos, no Instituto Feminino de Educação e Trabalho. A experiência docente, as teorias pedagógicas, com exemplos práticos, que apresentou em Congressos, e as suas reivindicações de carácter feminista permitem considerá-la uma professora feminista.
Com outras mulheres feministas também importantes, criou e integrou organizações feministas, nelas exercendo diversos cargos. Foi mais de 20 anos Presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Representou no estrangeiro o governo português. Boa oradora, participou em Congressos e Conferências. Escreveu dezenas de artigos, de temática diversa, essencialmente de carácter médico–sanitário e cariz feminista. Manifestou as suas preocupações sociais, apresentando soluções e medidas profiláticas de doenças e epidemias.
Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas pobres, as crianças, as prostitutas e os indígenas (Angola). Radical, por vezes, em assuntos de decência feminina, mostrou-se contrária à importação da moda feminina, criticando as saias curtas e recomendando o uso da saia até um palmo do chão. Humanista, aplaudiu o encerramento de tabernas e manifestou-se contra a violência nas touradas, o uso de brinquedos bélicos, etc, revelando-se uma vanguardista ao suscitar temas que mantêm a sua actualidade. Na maçonaria, com ideias de fraternidade, progresso e justiça, atingiu o grau de “Venerável” (20º-Grau do rito escocês com 35 Graus). Quando escrevia contra os monárquicos e os jesuítas denotava os seus ideais republicanos, confirmados no interior da Liga Republicana das Mulheres, a que esteve ligada. De ideias progressistas e muito avançadas para a época, reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto.
Alguns factos emolduram a sua vida pública, com actos simbólicos de cidadania e patriotismo. Em 1910, com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República, na Rotunda, em Lisboa. Em 1912 reivindicou o voto das mulheres. E em 1933 foi a primeira e única mulher a votar em Luanda a Constituição Portuguesa.
Mulher dinâmica, de forte personalidade e grande frontalidade. O seu dinamismo não a deixou dormir sobre os louros conquistados. A sua acção não se limitou a teorias, traduziu-se em realidades práticas. Carinhosa e bondosa, de estilo simples, objectiva, de linguagem clara, Adelaide Cabete deixa-nos uma obra importante."
Por Joaquim Eduardo
Em Elvas tem o seu nome atribuido à rua onde se situa o hospital.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 25.1.06
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«Como se quer fazer propaganda de Elvas, se não há uma única indicação do que aqui há para ver, em nenhuma das quatro saídas da auto-estrada?
Como se quer que os turistas que nela passam, aos milhares, adivinhem o que aqui há?
Se estivesse assinalado, por exemplo, "Fortificações de Elvas, Sec. XVII" não tenho dúvida de que havia mais gente, principalmente estrangeiros, a visitar-nos.
Há alguem que está interessado em que os que passam não entrem .Isto é uma realidade.Existe um lobby anti Elvas que faz com que aconteçam coisas destas. E o lobby está perto, não está em Lisboa, é regional. É constituido pelos de Portalegre e pelos de Évora, que fazem tudo e mais alguma coisa para que Elvas não se desenvolva.»
enviado por Manuel Guerra via correio electrónico.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 24.1.06
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Porque rir é o melhor remédio...


em parceria com Sergei Cartoons

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 23.1.06
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Passado este periodo eleitoral para a escolha do Regente da Nação, ESTÁ NA HORA!!!
Muito, e em vários locais se tem falado do passivismo elvense quando se vislumbra o encerramento de Regimento de Infantaria nº 8, da transferência de serviços do Hospital de Sta. Luzia para o seu congenere de Portalegre, do encerramento da Maternidade, da saída da PSP e do que mais houver por ai por vir à luz do dia!
ESTÁ NA HORA de deixar os escritos e as palavras de circunstância e tomar uma atitute!
É essa a mensagem e o desafio que deixo hoje aos co-Conselheiros e aos muitos que visitam este blogue!
O repto que lanço é saber se dos muitos que têm expressado a sua oponião, dos muitos que estando solidários com as causas da nossa Elvas se têm calado, dos muitos que por falta de ignição não sabem como tomar uma posição em relação ao futuro pessimista que nos querem submeter!
ESTÀ NA HORA!!
O que se pretende é criar uma dinâmica que faça com que os elvenses se expressem e que as variadas opiniões que na blogosfera elvense têm sido expressas passem aos actos!
Proponho, caros co-Conselheiros e visitantes, que os cidadãos tomem eles em suas mãos a iniciativa que falta nos meios políticos estabelecidos da cidade, e desta maneira os cidadãos forcem as “forças vivas” (?) a reagir!
Como? Pois bem, deixo a minha proposta: ESTÀ NA HORA de pendurar as bandeiras nacionais de novo nas janelas e nos carros para desta forma iniciarmos um movimento que diga aos decisores que aqui também é PORTUGAL! Que aqui sempre se defendeu a NAÇÂO! Que aqui somos PORTUGUESES!
Foram os elvenses de ontem que deram o sangue para defender a fronteira, para sempre afirmar a soberania nacional, e honrando os antepassados, os ELVENSES de hoje não vão cruzar os braços quando está em jogo a economia da cidade, a memória da cidade, a cultura da cidade, a saúde dos que aqui moram!
VAMOS DESFRALDAR A BANDEIRA PELO RI8!
Como? É fácil basta que dois ou três tomem a iniciativa, que dois ou três espalhem papeis em montras e lugares públicos incentivando a esta ideia, que dois ou três façam com que os “media” locais se associem à iniciativa e qual bola de neve fazer chegar a voz dos elvenses aos órgãos de decisão: Parlamento, Governo e Presidente da República!
ESTÀ NA HORA!!!
VAMOS DESFRALDAR A BANDEIRA PELO RI8!
Vamos reunir esforços e avançar com esta ideia! Chega de palavras ao vento!
Aceita esta ideia? Junte-se a nós!
Zedemelo@sapo.pt

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 20.1.06
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Quase três meses depois da bomba estalar em Elvas é tempo de olhar para trás através dos meus éditos:

A noticia saí a público a 03 de Novembro
http://zedemello.blogspot.com/2005/11/noticia.html e o Conselheiro deixa uma palavra aos militares http://zedemello.blogspot.com/2005/11/obrigado-militares.html por iniciativa do Conselheiro Custodio o blogue chega até aos Coices de Jumento http://zedemello.blogspot.com/2005/11/coices-do-jumento-em-elvas.html http://jumento.blogdrive.com/archive/2729.html dia 08 de Novembro fala-se em transformar o RI8 em museu militar http://zedemello.blogspot.com/2005/11/museu-militar-x-2.html uma semana depois o Velho Conselheiro Zé de Mello propõe um Pacto de Regime http://zedemello.blogspot.com/2005/11/pacto-de-regime.html Começam os trabalhos com vista ao encerramento do RI8 http://zedemello.blogspot.com/2005/11/cidade-museu-militar.html só o Palácio do Regedor toma posição… e já passaram 20 dias http://zedemello.blogspot.com/2005/11/em-exibio-no-ri8.html dá-se nome aos culpados http://zedemello.blogspot.com/2005/11/personae-non-gratae.html Dia 6 de Dezembro chega a vez da Maternidade http://zedemello.blogspot.com/2005/12/em-perigo-de-extino.html “roubo” a ideia ao Gil Navalha http://gilnavalhaelvas.blogspot.com/2005/12/no-fiques-de-mos-no-bolso.html Mais um alerta!! http://zedemello.blogspot.com/2005/12/cidade-de-elvas-so-os-elvenses.html Chegou a vez de ser a PSP a entrar no rol de “encerramos em breve” mantenha-se calmo e ordeiro http://zedemello.blogspot.com/2005/12/deus-nos-guarde-e-tambm-psp-e-gnr.html O Regedor continua o discurso, a população está alertada e faltam os actos http://zedemello.blogspot.com/2005/12/deus-nos-guarde-e-tambm-psp-e-gnr.html Mais um argumento http://zedemello.blogspot.com/2006/01/defesa-nacional.html Merece ainda a pena ler o novo blogue: http://forumelvense.blogspot.com/2006/01/regimento-de-infantaria-vai-fechar.html

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 19.1.06
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Hoje vamos olhar para as várias fortificações já classificadas pela UNESCO, e ter assim um olhar sobre as dificuldades ou vantagens que as "Fortificações de Elvas" terão para argumentar o factor de excepcional valor universal necessário para receber o selo de Património da Humanidade. São várias as cidades que no seu conjunto classificado englobam muralhas, fortes ou castelos, mas existem bens exclusivamente dedicados às fortificações:

Na Europa:

Na Alemanha estão três bens classificados, o primeiro, desde 1984, o Castelo de Augustuburg - castelo rocócó; o Forte de Wartburg - castelo feudal, onde se exiliou Martin Luther, calssificado em 1999; e as Muralhas da Fronteira do Împério Romano.

Outro Castelo Renascentista é o de Kronborg na Dinamarca.

Aqui ao lado em Espanha, destaque para as Muralhas Romas de Lugo, classificadas em 2000.

Fortaleza de Suomenlinna, Finlandia

Na Filandia, e datando do sec. XVIII, e dadas como um exemplo da arquitectura militar, a Fortaleza de Suomenlinna, destinadas a proteger a cidade de Helsinquia.

O vale do Rio Loire e os seus castelos de sonho são úma das imagens de marca da França ao qual se junta a cidade medieval de Carcassone, apesar de esta ter sido uma das mais polémicas classificações da Unesco.

Outro dos paises com mais selos Unesco é Italia, onde na "categoria" das Fortificações tem desde 1993 classificado o Castel del Monte de Fredericck II do sec. XIII, como perfeito castelo medieval.

Fortificações de Luxemburgo, Luxemburgo

Uma das maiores fortificações europeias são as Fortificações de Luxemburgo, do sec. XVI ao XIX, e porventura uma das maiores dificuldades da candidatura elvense será exactamente demonstrar que estas ultrapassam as do ducado luxamburguês. Também impressionantes na área abrangida são as Defesas de Amesterdão, na Holanda, que se estendem a seu redor ao longo de 135 kms.

Na Polónia e apontado como o perfeito exemplo de restauro de fortificações, o Castelo de Malbork, classificado em 1997, é um misto de mosteiro e castelo.

No Reino Unido são vários os castelos medievais classificados: Castelos do Rei Eduardo I e o Castelo de Durham. Junta-se à lista a Muralha de Adriano, testemunho da romanização da Grã-Bretanha.

Na Roménia, o seu orgulho vai para as Fortalezas Dacias dos Montes de Orastia, classificadas em 1999 e um ano depois encorporam a lista os 3 Castelos e Muralhas de Bellinzone, na Suiça.

Resto do Mundo:

A Cidade Fortificada de Baku, no Azerbeijão,classificada em 2000 e na lista de património em perigo desde 2003, é um testemunho Árabe, Persa e Otomano.

Na Bielorussia esta classificado o Castelo de Mir (2000) uma edificação gótico, renascentista e barroco.

A grande referência chinesa é a Grande Muralha da China, classificada em 1987.

Fortificações de Havana, Cuba

Do mesmo periodo de construção das muralhas de Elvas, e sendo a maior fortificação das Caraíbas, estão classificadas as Fortalezas de Cartagena na Colombia, enquanto em Cuba, encontramos dois bens: O Castelo de S. Pedro e as Fortificações de Havana.

Em Puerto Rico (E.U.A.) engloba a lista da Unesco a Fortaleza de S. Juan e no Panama as Fortificações espanholas dos sec. XVII/XVIII e da ocupação inglesa encontramos as Fortificações das Montanhas de Brim Stone do sec. XVII em Saint Kitt-Nevis.

Forte de Accra, Ghana

Em África o Forte de Accra, de construção portuguesa dos sec. XV a XVIII, é um dos bastiões da universalidade portuguesa, no que é hoje o Ghana. No Iemen podemos encontrar as Muralhas de Shibam. São estes raros exemplos de bens classificados no continente negro.

Na India, e nas proximidades do Taj Mahal está classificado o Forte de Agra do sec. XVI.

Outro dos bens da Humanidade encontram-se em Jerusalém, e pertence a lista desde 1981, o Muro das Lamentações.

Em Oman as ruínas do Forte de Bahla datadas dos secs. XII-XV, e no Paquistão o Forte de Rohta, exemplo de fortificação muçulmana do sec. XVI e o Forte de Shalamar, este em perigo de ruina total.

Na Coreia, as Fortalezas de Hwaseon, classificadas em 1997, são apontadas como exemplo da transição para a arquitectura moderna de construção.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 18.1.06
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Iniciamos hoje em parceria com a Sergei Cartoons a publicação da tira humoristica Os Compadres!




Porque rir é o melhor remédio!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 17.1.06
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No rescaldo das comemorações dos 347 anos passados sobre a Batalha das Linhas de Elvas, queria começar por perguntar:
Sabem qual é a maior Base Militar do Exército Espanhol?
Antes de vos responder quero deixar umas notas prévias. O édito de hoje nada tem a ver com rivivalismos ou medos lusitanos frente ao nosso aliado de hoje e durante séculos inimigo Reino de Espanha. O facto é que até há menos de duzentos anos atrás, Elvas teve que se proteger e travar o caminho ao avance de forças estrangeiras na sua marcha para Lisboa, construindo assim uma identidade castrense que nos dias de hoje se quer apagar. Os tempo são outros mas o primado da defesa da nação sempre esteve e esperemos que assim continue ligado ao nome desta Rainha da Fronteira, a que o Regedor apelidou, nas comemorações, de Cidade Militar de Portugal.
Este velho Conselheiro conhece a movimentação politica que restruturações destas acarretam, mas cada dia que passa é necessário que também o povo, neste caso os elvenses, tomem atitudes, posições e argumentem que a extinção do Regimento de Infantaria 8 é um ataque aos interesses locais mas também um ataque ao próprio Portugal.
Isto porque aqui bem ao nosso lado, a menos de 7kms da fronteira lusa, esta situada a Base Militar General Menacho ocupando 2213 hectares em que para além dos edificios castrenses e campos de tiro é uma mini cidade que alberga um dos maiores contigentes espanhóis, dotado de tudo o que é necessário aos seus militares e famílias. Nesta Base Militar está sediada a Brigada de Infantaria Mecanizada "Estremadura XI" constituida por Comando e Estado Maior, Quartel General e seu Batalhão; Regimento de Infantaria Mecanizada "Saboya" nº 6 (tomou parte na Guerra das Laranjas); Regimento de Infantaria Mecanizada "Castilla" nº 16; Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsada XI; Grupo Logístico XI e Unidade de Zapadores 11.
Será nos dias de hoje uma argumentação válida para a permanência do RI8 na cidade? Não sei. Mas é concerteza um aspecto que se ainda fosse eu que comandasse os destinos da nação teria em conta!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 16.1.06
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Confrontados com o possível encerramento do quartel de Elvas. População quer permanência do regimento

A população de Elvas não vê com bons olhos o possível encerramento do Regimento de Infantaria 8. Ontem, dia em que muitos se apresentaram nas comemorações dos 347 anos sobre a Batalha das Linhas de Elvas, a questão levantou vozes discordantes.

“Não concordo de maneira nenhuma. Acho que é demasiado importante para a cidade a sua permanência. A cidade vive também em torno dos militares”, disse Sandra Perico, empresaria e moradora em Elvas.Joaquim Alves, outro elvense, também entende que o exército contribuiu muito para o desenvolvimento da cidade da raia alentejana.“Houve muita gente que veio para a tropa e depois acabou por se fixar e isso contribuiu muito para que a zona crescesse”, sublinhou.O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão de Almeida, durante as cerimónias militares, exprimiu o seu descontentamento em relação a uma eventual partida do exército.“Elvas considera-se com toda a propriedade a cidade militar de Portugal.” O autarca adianta ainda que a população tem em grande consideração a instituição e que não a quer ver partir.“Felizmente os militares continuam entre nós. Tenho esperança que assim continue”, garantiu Rondão de Almeida.Por seu lado Velasco Martins, comandante da Região Militar Sul, reconhece a importância da instituição na cidade e afirma estar convicto que as instâncias militares não perderão a sua ligação à região.“Penso que a cidade de Elvas não será esquecida. Se é infantaria, se é artilharia ou uma outra unidade, é um detalhe que terá de se analisar num contexto global”, adiantou o militar.

Pedro Galego, Évora in Correio da Manhã
A reportagem fotográfica do Portal tudoben

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 14.1.06
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A Cerimónia decorreu festiva e concorrida, com 241 participações, fazendo desta edição dos Prémios Zé de Mello'05 uma iniciativa que se pretende repetir em 2006.

A emoção foi total até ao fim, tendo a categoria de Internet recebido o maior número de votos e sempre numa distribuição muito semelhante para os três nomeados, o que fez com que este Velho Conselheiro apenas vislumbrar-se o resultado deste escrutínio aquando do encerramento das votações.

A Categoria com menor número de participações foi a de Cultura, de onde se pode depreender uma falha na escolha dos nomeados ou um menor interesse dos votantes por esta.

Na categoria de Desporto, uma área sobre a qual o Zé de Mello ainda não se pronunciou no blogue,e, pelo qual pede desculpa aos visitantes e co-Conselheiros, teve uma participação razoável, sendo aqui também o Prémio entregue por maioria absoluta, tal qual o sucedido na categoria de Economia.

Assim em termos gerais podemos resumir que o Palácio do Regedor aglotina a maioria dos Prémios, e talvez por isso,e , merecidamente, o Prémio Sociedade vai direitinho para Rondão Almeida.

Assim que possível serão enviados os vencedores os Diplomas correspondentes, sendo que o de Cultura será dirigida ao Prof. Zagalo e o de Economia ao Vereador Vintém.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 13.1.06
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A votação decorre até ao final do dia de hoje, sendo atribuidos amanhã,
Feriado Municipal de 14 de Janeiro,
347º aniversário da Batalha das Linhas de Elvas.

Participe

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 13.1.06
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Neste Sitio dos Murtais a 1 km. da cidade, local da gloriosa Batalha das Linhas das Linhas de Elvas, encontramos dois monumentos que recordam esse 14 de Janeiro de 1659.
Capela de Santo Amaro
Construção seiscentista substituindo uma anterior consagrada a S. Jorge, e que tinha servido de hospital durante a Batalha. É um edifício de planta longitudinal composta por nave e capela-mor, sendo a fachada principal de pano único delimitado por cunhais de cantaria, rasgada por pórtico de mármore de verga recta com frontão de massa de volutas e pináculos sobreposto de escudo das armas portuguesas sustentado superiormente por querubim, também em massa; embasamento pintado com ornatos em massa munido de bancos de alvenaria capeados a tijolo encimados por pequeno óculo; remate em empena coroado por cruz. Do lado esquerdo tem torre sineira simples de um olhal. Quanto ao interior este é de nave com cobertura em abóbada; apresentando do lado da Epístola púlpito de granito com base e concha e grade de ferro forjado; pia de água benta em mármore.; nos alçados vestígios de pinturas murais. Arco triunfal de volta perfeita apainelado; capela-mor com cobertura em abóbada de vela, decorada por pinturas murais de carácter vegetalista, cobertos por caiação. Na cabeceira rasgam-se 3 nichos de volta perfeita, o central ligeiramente mais alto, com molduras e parapeito avançado em massa com ornatos também em massa; mesa de altar de urna de alvenaria com ornatos em massa e pinturas murais do sec. XVIII.
Padrão Comemorativo
Monumento edificado por D. Afonso VI para comemoração da vitória portuguesa na Batalha das Linhas de Elvas.
Esta monumento de mármore branco com 5 metros de altura é composta por 3 degraus de planta quadrangular, e pedestal apresentando nas suas faces uma legenda gravada com a memória do acontecimento histórico, onde assenta a coluna, de ordem toscana sobre cujo capitel se encontra um pequeno pedestal quadrado, moldurado, encimado pela coroa real. Completa-o uma grade metálica ao seu redor.
Esta inscrição diz: "No ano de 1659, reinando em Portugal D. Afonso VI, em terça-feira 14 de Janeiro de dito ano, D. António Luiz de Menezes, Marquês de Marialva, capitão general da província do Alentejo, introduziu socorro na praça e cidade de Elvas, que estava sitiada por D. Luiz de Haro, capitão general da Extremadura, primeiro-ministro de Filipe IV, atacando, rompenso, desmantelando e ganhando a circunvalação inimiga, artelharia, munições e secretaria, e tomando muitos cabos e prisioneiros. Esta memoria se colocou para que os mortais dêm graças ao Senhor dos exércitos e vitórias: roguem pelas almas dos que se acharam e deram a vida em tão singular e porfiada batalha, que durou desde as nove horas da manhã até se cerrar a noite."

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 12.1.06
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Resolveu o Palácio do Regedor no seu último capítulo, realizado ontem, levar a cabo uma operação de estética de grande envergadura no burgo. A substituição no centro histórico das antenas de televisão pelo serviço de televisão digital por cabo, gratuitamente para os canais abertos portugueses e 4 do Reino de Espanha. Desta forma para além da melhoria da recepção é também disponibilizado de forma geral o acesso aos restantes serviços da empresa prestadora do serviços (Pay Tv e ADSL).

Parece-me uma medida louvável que vai acabar com a poluição visual produzida pelos tubos metálicos que povoam os telhados de Elvas.

Mas uma ideia me perturba: nesta fase de conclusão das infrastruturas nas ruas do centro histórico, será que estas estão preparadas para receber este serviços ou vamos ver a cidade de novo esburacada?

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 12.1.06
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Parecem cogumelos!!

Ainda bem que cada dia que passa me informam do aparecimento de mais um blogue de/sobre Elvas. Fico feliz por isso. Mas estranho o desaparecimento de outros ou de Conselheiros que se ausentaram casos do Conselheiro Jesuino, do Conselheiro Zorba, do Conselheiro Custódio, do Conselheiro JCeia entre outros, e que esperam que voltem pois muito apreciava os seus comentários!

Aos recém chegados: Sejam benvindos!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 11.1.06
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A Batalha das Linhas de Elvas, foi travada em 14 de Janeiro de 1659, em Elvas, entre Espanha e Portugal.
Em 1658 um exército espanhol, comandado por D. Luís de Haro, acampava na fronteira do Caia, com 14 000 homens de infantaria, 5 000 de cavalaria, artilharia, munições, etc. Alguns dias decorreram em preparativos dos castelhanos para o cerco de Elvas, e nas diligências dos portugueses para defenderem a cidade. D. Luís de Haro distribuiu as suas tropas ao longo de entrincheiramentos, dando ordens para que fosse exercida apertada vigilância a fim de impedir que Elvas recebesse mantimentos ou qualquer outra espécie de auxílio vindo do exterior, de tal modo que só a chegada de um verdadeiro exército poderia evitar mais cedo ou mais tarde, a capitulação da praça. A rainha D. Luísa resolveu chamar D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede, para lhe entregar o comando geral das tropas portuguesas no Alentejo, e transferir para o mesmo teatro de operações D. Sancho Manuel, que foi assumir as funções de mestre-de-campo-general. Os espanhóis instalados nas duas colinas mais próximas começaram a bombardear a cidade de Elvas, causando pânico e grandes baixas na população. Mas o maior perigo era a peste que causava cerca de 300 mortes por dia.
Mediante tal situação, o conde de Cantanhede, D. António Luís de Meneses reuniu em Estremoz um exército de socorro. Apesar de grandes dificuldades, que o obrigaram a organizar recrutamentos em Viseu e na ilha da Madeira, e reunir as guarnições de Borba, Juromenha, Campo Maior, Vila Viçosa, Monforte e Arronches, o conde de Cantanhede conseguiu formar um exército de oito mil infantes, dois mil e novecentos cavaleiros e sete canhões. Tendo ficado acordado, entre o conde de Cantanhede e D. sancho Manuel, que o ataque às linhas de Elvas se faria pelo sítio conhecido por Murtais, o exército português saiu de Estremoz e marchou sobre a praça cercada. Os portugueses ocuparam as colinas da Assomada, de onde se avistava a cidade de Elvas e as linhas inimigas, estas num majestoso arraial. No dia 14 de janeiro, cerca das oito horas da manhã, os portugueses desencadearam o ataque, como estava previsto pelo sítio dos Murtais. Manteve-se a vitória indecisa durante algum tempo, pois ao ataque correspondia uma vigorosa defesa do lado espanhol, mas a certa altura as tropas do conde de Cantanhede conseguiram romper irresistivelmente as linhas dos castelhanos, que começaram por ceder terreno e não tardaram a debandar.
As perdas sofridas pelos espanhóis nas linhas de Elvas foram enormes. Dos dezoito mil homens comandados por D. Luís de Haro, apenas cerca de cinco mil infantes e trezentos cavaleiros conseguiram alcançar Badajoz.
Nesta batalha distinguiu-se o conde de Cantanhede, que recebeu, entre outras mercês, o título de
marquês de Marialva, por carta de lei de 11 de Junho de 1661.
extraido de Wikipedia

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 10.1.06
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Passam hoje 80 anos sobre a morte de António Sardinha, e enquanto não se cumpre o desejo desde Conselheiro com a construção do Jardim dos Nossos Escritores já expressa em Agosto passado, fica hoje e aqui a homenagem.

António Maria de Sousa Sardinha nasceu em Monforte do Alentejo em 9 de Setembro de 1887.

Poeta, historiador e político, destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, tornando-se um verdadeiro condutor da intelectualidade portuguesa do seu tempo.
Foi pela mão de Eugénio de Castro que Sardinha publicou os seus primeiros poemas, quando tinha apenas 15 anos.
Em 1911, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Tendo sido um destacado republicano municipalista enquanto estudante, após a implantação da República deu-se nele uma profunda desilusão com o novo regime. Convertido ao Catolicismo e à Monarquia, juntou-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política a partir da qual foi lançado o movimento político-cultural denominado "Integralismo Lusitano" em defesa de uma "
monarquia tradicional, orgânica, anti-parlamentar".

António Sardinha cedo se destacou no seio do grupo integralista pela força do seu verbo. A passagem das Letras à Política consumou-se em 1915, ao pronunciar na Liga Naval de Lisboa uma conferência onde alertava para o perigo de uma absorção espanhola.
Durante o breve consulado de Sidónio Pais, António Sardinha foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Em 1919, exilou-se em Espanha após a sua participação na fracassada da
tentativa restauracionista de Monsanto e da "Monarquia do Norte".
Ao regressar a Portugal, 27 meses depois, tornou-se director do diário A Monarquia onde veio a desenvolver um intenso combate em defesa da filosofia e sociologia política tomista e, rejeitando a tese da decadência de Spengler, em defesa do catolicismo hispânico como a base da sobrevivência da civilização do Ocidente (tese retomada e desenvolvida nos anos 30 por Ramiro de Maeztu, em
Defensa de la Hispanidad).

Veio a morrer em Elvas, a 10 de Janeiro de 1925, quando contava apenas 37 anos.

Placa dedicada a António Sardinha colocada no Aqueduto da Amoreira

Obras poéticas, entre outras: Tronco Reverdecido (1910), Epopeia da Planície (1915), Quando as Nascentes Despertam (1921), Na Corte da Saudade (1922), Chuva da Tarde (1923), Era uma Vez um Menino (1926), O Roubo da Europa (1931), Pequena Casa Lusitana (1937).

Estudos e Ensaios: O Valor da Raça (1915), Ao Princípio Era o Verbo (1924), A Aliança Peninsular (1924), A Teoria das Cortes Gerais (1924), Ao Ritmo da Ampulheta (1925), entre outros.

Vesperal

Se eu te pintasse, posta na tardinha,
pintava-te num fundo cor de olaia,
na mão suspensa, nessa mão que é minha,
o lenço fino acompanhando a saia!

Vejo-te assim, ó asa de andorinha,
em ar de infanta que perdeu a aia,
envolta numa luz que te acarinha,
na luz que desfalece e que desmaia!

Com teu encanto os dias me adamasques,
linda menina ingênua de Velásquez
a flutuar num mar de seda e renda.

Deixa cair dos lábios de medronho
a perfumada voz do nosso sonho,
mas tão baixinho que só eu entenda!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 9.1.06
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Implantada entre duas ruas que convergem no pequeno adro fronteiro à fachada principal, a igreja dos terceiros de São Francisco acompanha o declive do terreno, principalmente ao nível das salas do Consistório e das imagens da Procissão da quarta-feira de Cinzas, anexas ao templo.
Muito embora a Ordem Terceira de São Francisco se tenha fixado, em Elvas, em 1663, a construção da sua igreja teve início, apenas, em 1701. A planta longitudinal, articula nave única com coro alto e quatro capelas laterais, e capela-mor, através de arco triunfal de volta perfeita. Estudos recentes sobre este conjunto permitiram identificar o autor do seu traçado, o arquitecto elvense João de Madeyra, que teria concluído a campanha arquitectónica em 1719, embora a campanha decorativa do interior da igreja, nomeadamente para a execução do retábulo-mor, pelos entalhadores Francisco Freire e Manuel de Oliveira, se prolonga-se até 1730.
Trata-se de um imponente conjunto barroco, embora já com elementos rococó, que extravasa o retábulo-mor, para revestir a totalidade da capela-mor, inclusivamente a abóbada e o arco triunfal, o qual se relaciona, ainda com a talha que reveste as capelas laterais.
Com o terramoto de 1755, e em virtude da igreja se encontrar sobre uma falha geológica, todo o conjunto foi muito afectado, obrigando a importantes obras de reconstrução que, de acordo com a inscrição da fachada, são datáveis de 1761. Esta, limitada por pilastras nos cunhais e terminando em empena com volutas, pauta-se por uma grande depuração. Excepção feita ao portal, onde se concentram os elementos decorativos. De verga recta, é flanqueado por pilastras que suportam um entablamento largo (onde figura a data de 1761 e uma estrela de oito pontas), ligando-se ao janelão superior através de duas volutas que enquadram as armas da Ordem.
Já a fachada lateral, apresenta uma configuração que recorda a arquitectura civil, com janelas molduradas, numa concepção comum no Brasil, mas invulgar no nosso país, e que faz destes edifícios verdadeiros conjuntos multifuncionais e de imagem híbrida. Desta fase pós-terramoto é, ainda, o revestimento azulejar das paredes da nave, em silhares recortados com representações da vida de São Francisco, identificadas na cartela inferior. São exemplares rococó, executados entre 1760-65, e que se relacionam com a tonalidade azulada da base dos altares laterais. O púlpito, enquadrado pelo painel da estigmatização de São Francisco é, tal como as bases dos altares, de mármore branco e negro.
Uma última referência para a cisterna do pátio, uma encomenda do bispo D. João de Sousa Castelo Branco.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 6.1.06
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Hoje terminam as Festas Natalicias e após a visita ao presépio exposto no Museu de Fotografia, imaginei que Elvas poderia ser a Capital do Natal do Alentejo, e tal qual Bethelehem ser uma estrela no Alentejo em época natalícia. Vou deixar o desafio ao Palácio do Regedor, de no Natal de 2006, pôr em prática esta ideia que hoje aqui vos deixo, e que já enviei para o Município.

Esta iniciativa tem como base de partida a exposição realizada no Natal’05 no Museu Municipal de Fotografia João Carpinteiro, em que foi exposto com elevado êxito o presépio tradicional de Amélia Canoa acompanhado por algumas fotografias.

O objectivo servir de motor de atracção para o comércio e turismo do burgo durante a quadra festiva, transformando Elvas na Bethlehem do Alentejo.

Que medidas proponho:
- Voltar a expor o Presépio Tradicional de Amélia Canoa;
- Repetir e melhorar, se possível, o Présepio ao Vivo;
- Convidar artistas locais e nacionais a elaborarem um presépio, e desta forma montar uma exposição de Presépios Artísticos;
- Convidar as várias embaixadas sedeadas em Portugal a montarem um Presépio típico do seu país de origem, numa Exposição de Presépios do Mundo;
- Lançar um concurso de vitrinistas em que o Présepio seja o elemento central, em detrimento dos Pais Natais;
- Incentivar as várias colectividades a montarem presépios nas suas instalações
- Lançar um concurso escolar de montagem de presépios;
- Montar nos diversos bairros da cidade e nas freguesias rurais, junto de associações de moradores e outras colectividades vários présepios, fazendo que esta actividade seja realmente concelhia e não apenas do Centro Histórico;
- Lançar uma campanha de recolha de fundos de forma a possibilitar as famílias mais carenciadas do concelho uma época mais alegre;
- Lançar um concurso de ornamentação de árvores de natal, destinado a particulares, numa das principais entradas da cidade (Viaduto, por exemplo);
- Efectuar um bazar de Natal, tipo Feira das Oportunidades;
- Dinamizar o aparecimento de grupos musicais tradicionais que dêem continuidade à tradição do “Cantar ao Menino”, como aconteceu na semana pré 25/12 ou como aconteceu em Barbacena e na Terrugem;
- Colocação de um foco de alta potência, tipo farol, no Forte de N. Sra. Da Graça, qual estrela de Belém.

Espero sinceramente que, se não na totalidade parcialmente, o Projecto Elvas / Bethlehem possa ser uma realidade.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 5.1.06
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Neste dia dedicado a S. Simeão quero deixar alguns destaques de aqui e ali:



Uma noticia: o sitio alentejopress.com faz reportagem sobre a Rede Natura e os entraves à Plataforma Logistica e ao TGV, com comentários do vereador Nuno Mocinha.
Um comentário: trolha said...
Ganda tanga !!!Esta votação faz lembrar as do tempo da outra senhora caro ZéDeMelo!!!!Porque carga d´agua é que não podem ser os visitantes a escolher os eleitos?Então como é que votamos nas categorias onde nenhum dos nomeados merece?????Desta é que me desiludiu !De qq forma e porque o Natal deve ser todos os dias, tenha um bom Ano Novo.

Uma imagem:

Será que terminada as obras na Sé teremos o campanários de branco pintado?

Blogosfera elvense:
O Moscardo

Velhos de Portalegre
Colégio Luso-britanico de Elvas
O melhor de sempre
Terrugem
Sem Origem

Um blogue com muita utilidade: Emprego Alentejo

Um destque: Pharmacia de Serviço

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 4.1.06
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A votação decorre até dia 13 de Janeiro, sendo atribuidos no Feriado Municipal de 14 de Janeiro, aniversário da Batalha das Linhas de Elvas.
Participe

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 3.1.06
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Acedo ao pedido do Zé de Mello para escrever uma visão sobre o tema ELVAS 2006, e, mais precisamente sobre um sector estratégico da cidade e sobre o qual tenho uma visão pessoal algo enublada.

Turismo – Elvas 2006
Acontece dentro de poucos dias a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, maior montra do turismo luso, onde para além de empresas do sector estarão representadas as regiões de turismo e autarquias promovendo o seu turismo. No pavilhão do Alentejo estarão as 3 regiões alentejanas, Norte Alentejano, Évora e Planície Dourada, a Região da Costa Azul, representando os 4 concelhos litorais alentejanos, a Comissão Municipal de Turismo de Odemira, empresas de animação turística, hotéis e empresários que tentarão ao longo da feira promover os seus produtos e estabelecer contactos com vista a futuros negócios na área. O mesmo se passa, dias depois, numa das maiores feiras de turismo da Europa, a FITUR em Madrid.
Nos últimos anos tem sido com alguma tristeza que vejo pouca informação disponível sobre o meu concelho nestas duas iniciativas. Vejo apostas bem fortes de municípios como Mafra, Vila do Conde ou Albufeira, que para além da promoção nos pavilhões das suas regiões de turismo, apostam em forte com estruturas próprias, dando assim visibilidade aos seus concelhos. Não pretendo aqui culpar exclusivamente a Autarquia de Elvas, mas também o sector privado que não está motivado para ir mais além do que o turismo de passagem. Há que preparar desde já um turismo quer cultural quer de eventos para o concelho. Elvas está dotada de variadíssimas condições que fazem dela uma magnífica anfitriã, bons hotéis, bons restaurantes, bons museus e um património construído que tomaram outras cidades.
Então porque é que continuamos afastados dos circuitos turísticos internacionais? Simples: não existimos para eles! E quanto ao mercado nacional? Continuamos a ser uma passagem para o El Corte Inglês e para os “caramelos” de Badajoz! Os extremenhos ,e espanhóis em geral, vêm-nos como o restaurante de Badajoz. É bom, mas insuficiente!

Não dependendo directamente do poder local o plano de promoção, cabe a este exigir a adequada divulgação do concelho, quer a nível interno quer a nível internacional, possibilitando que Elvas passe a integrar os fluxos de turismo ibéricos e europeus. O que sim é da responsabilidade da autarquia é dotar os produtos e serviços locais de capacidades de forma a serem usufruídos pelos visitantes e turistas, em articulação com as restantes entidades locais. É visível neste momento que a autarquia desenvolve um trabalho exaustivo na construção de museus, faltando saber como será explorada e potenciada de forma a atrair visitantes a estes espaços. Tendo por base o fluxo de turismo actual em Elvas, um turismo de passagem e não de destino, estes espaços parecem-me não constituírem um pólo de atracção, isto porque em primeiro lugar, o nosso tipo de turistas procuram conhecer de forma rápida os principais pontos turísticos, sendo que os museus, em qualquer parte da geografia europeia, com as devidas excepções, são pontos de aprofundamento de conhecimentos. Tomando por base o guia do Centro Histórico, distribuído nos postos de turismos locais, e de edição da C. M. Elvas e da R. T. Norte Alentejano, este oferecem uma pequena resenha da história e dois itinerários de descoberta. nde onumentos estaurantes, lojas de artesanato ou "Na minha óptica pecam pela deficiente informação de carácter turístico, onde não são identificados vários monumentos, onde não são disponibilizadas informações práticas: parque de estacionamento, serviços públicos, correios, policia, restaurantes, alojamento, lojas de artesanato ou souvenirs.
De uma forma geral julgo que uma das medidas passíveis de serem concretizadas em 2006 na área do turismo, seria a constituição de uma entidade local de promoção turística, que englobando a autarquia, os hotéis e restaurantes, e outros, possa colmatar a cada vez mais parca actividade da R. T. Norte Alentejano no que concerne a este concelho.
Espero que este ano que agora se inicia seja um ano de novo impulso para o Turismo em Elvas, base importante da economia local.
Gil Navalha de Elvas

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 2.1.06
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