edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 30.4.09
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Desde dia 26 de Abril, Portugal conta com mais um santo no seu santoral, trata-se de uma figura maior na história lusa, D. Nuno Álvares Pereira.

Recordemos que este nasceu a 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim ou Crato, sendo filho ilegítimo de fr. Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro dos Hospitalários de S. João de Jerusalém e Prior do Crato, e de D. Iria Gonçalves do Carvalhal, esta natural de Elvas, ama da Infanta D. Brites, filha d’el Rey D. Fernando, estando sepultada Iria no Convento do Carmo em Lisboa. 

Cerca de um ano após o seu nascimento o menino foi legitimado por decreto real, solicitado por seu pai nas Cortes realizadas em Elvas em 1361, podendo assim receber a educação cavalheiresca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser pouco depois cavaleiro. 

Aos dezasseis anos casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.

A Crónica de D. Fernando, de Fernão Lopes, refere um outro acontecimento que mostra que o futuro condestável não era ainda, na juventude, um exemplo perfeito de resignação cristã. Ao celebrarem-se as bodas da infanta Beatriz com o rei de Castela, em Elvas, Nuno e seu irmão Fernão tinham lugares marcados numa das mesas reservadas à fidalguia. Educadamente, não se apressaram a sentar-se e, quando deram por ela, as suas cadeiras estavam ocupadas. Já irritado com a celebração de um casamento no qual via uma ameaçava à soberania nacional, Nuno avançou e, conta Fernão Lopes, "com os joelhos derrubou o pé da mesa e deu com ela em terra". Depois saiu calmamente. O rei de Castela, impressionado com a audácia, terá comentado a D. Fernando: "quem tal coisa cometeu (...), para muito mais será seu coração."

Outra crónica chamada do Condestavel, no capitulo 38, volta a referir outra passagem de S. Nuno de Sta. Maria pelo nosso burgo:  Quando os seus homens saíam de Elvas o alferes que levava a bandeira, não reparando na altura das portas, partiu sem querer o estandarte do seu senhor, o que foi entendido por muitos como um mau presságio. Disseram então a Nuno Álvares que o melhor seria adiarem aquela ida a Vila Viçosa, mas o valoroso cavaleiro não deu ouvidos às superstições e limitou-se a substituir a haste da bandeira. Seguindo tranquilamente o seu caminho".

Recordemos que D. Nuno Alvares Pereira é topônimo de uma artéria no Bairro de Sta. Luzia, e que relacionado com sua mãe, podemos encontrar na Rua do Espírito Santo  uma placa que diz: “ nesta casa, nasceu a mãe de D. Nuno Alvares Pereira”

1 comentários:

A Verdade contra o Mundo disse...

D Nuno, bastardo, casa, tem filhos e um deles, uma menina (Beatriz) casa com outro bastardo (joao) de onde se origina a casa de Bragança ou seja o que hoje temos e tanto na república como na monarquia, sao só bastardos...
Seria interessante contar ao publico, visto queno está na Historia oficial que se ensina, algumas particularidades da nossa história.

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