edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 18.4.07




Depois de ter contactado as autoridades que poderiam ter uma palavra a dizer na rápida, e eficaz, resolução do regresso do órgão à Sé de Elvas (Ministério da Cultura; Direcção de Monumentos do Sul; Arquidiocese de Évora e Palácio do Regedor), nenhuma destas, após várias insistências, se quis pronunciar sobre o assunto.
Resolveu então este Velho Conselheiro questionar directamente o organeiro, Sr. António Simões, que foi encarregue do seu restauro, e que até à data o conserva em seu poder por falta de pagamento dos serviços pelo IPPAR, Lisboa.
Foi-nos pois esclarecido que já estão desenvolvidos alguns trabalhos no órgão, e que os que restam não são de difícil conclusão, e que inclusive em tempos foi-lhe solicitado um orçamento "(...)pela igreja e entidades culturais de Elvas." Este organeiro como foi já aqui anteriormente escrito tem vários processos em Tribunal contra o Estado Português, mas mais que tudo, e transcrevo, "Em relação ao que o Estado me deve, mais que dinheiro é respeito. No entanto, ainda são alguns milhares de contos até que o problema se resolva. Mas não é o órgão de Elvas que está em causa. Economicamente, pesa relativamente pouco."
Em conclusão, o Órgão Oitocentista da Extinta Sé de Elvas, não está hoje, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, no seu devido lugar pois não houve ainda quem assumisse a responsabilidade económica do seu restauro!
Como se impunha deixo aqui também a mensagem que António Simões nos enviou:

"Fiquem os meus amigos elvenses descansados que ninguém raptou o órgão da Sé. Aliás, a Sé tem outro precioso instrumento, pequenino e que lá deve estar. Quem quiser saber mais sobre este assunto pode consultar a minha página no link (ver aqui) relacionado com a organaria. O órgão não está restaurado porque não há vontade política para isso. Os únicos culpados são o anterior Presidente do IPPAR Dr. Luís Calado e seu coadjutor Lino Martins. Entretanto este presidente saiu, aposentou-se, reformou-se com aquelas pensões que a gente conhece. Bastariam 3 meses da sua pensão e o assunto já estava resolvido. Só que a cultura não dá votos. Fosse uma retrete dum campo de futebol e iam ver como o assunto já estava resolvido. O Órgão não está raptado. Quem quiser pode vir ver os materiais na empresa Organeiros do Centro, na Zona Industrial em Ansião. Basta que me avisem antecipadamente por telefone ou email.
Cumprimentos
ASimões"
Fica, pois, a pergunta deste Velho Conselheiro: Para quando o regresso a casa do órgão?

1 comentários:

Dina disse...

A cultura e o património cultural continuam a vir no fim da lista neste país...

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