edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 19.4.07

O órgão tem um orçamento de 1988, e os nossos trabalhos foram iniciados em 31 out 1989. O Órgão encontrava-se semi-desmontado. Trata-se de um importante instrumento de teclado e meio, do famoso organeiro Pascoal Caetano Oldovini, datado de 1762.


Muitos dos tubos da fachada estavam retirados, outros danificados e outros já nem existiam. Como se vê nas fotos acima, os monumentos nacionais, em anteriores restauros não tiveram cuidado com o instrumentos. Cimento e cal entupiam os tubos da fachada, como se vê. Os tubos interiores estavam espalhados pelo coro, como se pode ver. Outros estavam decepados. (fotos abaixo)







Os tubos de madeira tinham rasgos tapados com (importantes?) pedaços de partituras, alguns dos quais consegui retirar e recuperar. As partes interiores do órgão, someiros, teclados e partes mecânicas foram desmontadas por nós. Os someiros foram abertos e totalmente restaurados, com substituição de peles.







Passaram já cerca de 17 anos. Teremos que voltar a analisar se as peles se encontram ainda em bom estado, uma vez que o someiro principal se encontra aqui na empresa sem estar nas condições para que foi preparado. Os tubos existentes foram restaurados. Todos os materiais do órgão se encontram embalados em caixas próprias e que estão devidamente catalogadas. Em qualquer altura se pode verificar o material.
Lamentavelmente o que eu gostaria era que no IPPAR existisse gente competente e que soubesse o que é um órgão de tubos. Infelizmente, estes lugares superiores são abarbatados não pela competência, mas pela "oportunência" política, geralmente composta de pais, filhos, padrinhos, enteados, amiguinhos e amiguinhas que, dia a dia vão contando quanto falta para a benéfica pensão de reforma.
Com os meus cumprimentos,
ASimões

7 comentários:

Dina disse...

Infelizmente não é só no IPPAR que existe gente assim...

Anónimo disse...

É verdade Xanu. Ontem tanta festa e circunstãcia em Elvas e nunca se fez um abaixo assinado sobre esta peça extraordinária do nosso barroco.
Tal como outras cidades portuguesas Elvas necessitaria urgente de uma ONG ou associação de amigos dos monumentos de Elvas, credível e com capacidade de reenvendicativa.

Anónimo disse...

Pergunta:

Quem mandou o orgão para fora de
Elvas ?

Considerando:
Esse alguém deve ser responsabili-
zado.

Anónimo disse...

Os principais responsáveis somos nós, todos os Elvenses.
Deixamos sempre que os outros resolvam por nós e da maioria das vezes não é o interesse dos Elvenses que preocupa os politicos mas os seus próprios interesses ( Boletim municipal de propaganda) e como não há massa critica suficiente a imprensa diz amem,tudo bem,parece que tem toda a razão e quem tem opinião diferente,tem que se refugiar nos blogues para poder dizer de sua justiça mas, anónimo é que na maioria das vezes, está em causa o emprego, o negocio, a familia etc. e é isto a democracia calculem se vivessemos em ditadura!
É e enaltecer a sua perssistencia mas não vejo resposta politica incluindo a oposição para que o caso se resolva.

Dina disse...

Tal como outras cidades portuguesas Elvas necessitaria urgente de uma ONG ou associação de amigos dos monumentos de Elvas, credível e com capacidade de reenvendicativa.

É quanto a mim uma excelente ideia...será que alguém lhe pega? Já existe uma associação ou algo do género em Elvas ou pelo menos existiu em tempos.
Podiam pegar na ideia e arranjar um grupo para tentar resolver duma vez a situação.

Anónimo disse...

Como achega a este assunto podem consultar este link.
"http://lusitanamusica.blogspot.com/2004/12/13-rgo-histrico-da-baslica-dos-mrtires.html"
Cumprimentos
A Simões
Mestre Organeiro

Anónimo disse...

é pena que o sr. António Simões apenas diga meia-verdade. não diz é que, exactamente por causa de o IPPAR passar a ter uma consultadoria para a matéria organística, o tenha excluído dos trabalhos para os quais ele não se encontra habilitado. é que para pessoas menos esclarecidas, a linha que separa um artífice de um biscateiro é muito ténue. e o sr. António Simões é nada mais nada menos do que um biscateiro dos órgãos... ah, e se alguém não souber melhor dizer do que chamar-me filho ou afilhado do IPPAR, é porque decerto lhe faltará o respectivo domínio técnico do assunto para comigo argumentar...

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