edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 17.2.06
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Vem hoje o Regedor anunciar que na próxima 3ª feira pelas 19h00 no Cine Teatro de Elvas, vai tocar a reunir a população para prestar esclarecimentos sobre as nuvens que pairam sobre o burgo. Contudo, a mensagem a passar desde já é que não se alarmem os populares que nada esta decidido!
Pois bem, tentemos ser racionais e perceber os factos e os "boatos":

REGIMENTO - Tanto quanto se sabe o diploma está já na mesa do 1º Ministro para ser levada a Conselho para aprovação, e nele consta a extinção do último bastião militar da cidade.
HOSPITAL / MATERNIDADE - O hospital local está já integrado numa gestão única com o seu congénere de Portalegre e todos os Centros de Saúde do Norte Alentejano procurando-se desta forma a rentabilização de recursos quer humanos quer financeiros, através da aglotinação de serviços. Quanto à maternidade todos sabemos o que está em estudo e as palavras do Regedor e do Presidente da Fundação Mariana Martins.
PSP/GNR - Quanto à definição das forças de segurança no concelho parece a este Velho Conselheiro que tudo permanecerá igual, contudo seguem os estudos economicistas.
EB's 1º CICLO - Os sindicatos de professores levantam as ondas, e em também Elvas chegam ecos do fecho de escolas que detêm menos de 10 alunos (Malvar, Fontainhas, Vila Fernando e Barbacena) e mais uma vez o Regedor afirma categoricamente: "Estas escolas não correm risco de encerrar".
A bem da cidade quero acreditar nas palavras do Regedor, mas cada vez mais me parece que o seu cartão rosa tem menos peso no Largo do Rato, e que este deveria conter-se na declarações públicas pois todos sabemos o que disse sobre a Maternidade e pelos vistos tinha razão: Não fecha, apenas deixa de fazer partos!!
Sabemos que estas decisões são de índole nacional mas convém que a população se mantenha calma, ordeira e controlada e não se alarme pois tudo esta a ser tratado pelos senhores de rosa, enquanto os laranjas vão às piscinas de borla, os bloquistas tomam café e os comunistas mantêm a fé!

14 comentários:

Dina disse...

EHEHEHE!!! Vejo que está atento Sr. Conselheiro.
Vamos ver o que nos espera 3ª feira no Plenário convocado pelo regedor...

Anónimo disse...

Isso que diz aqui no blog espero que o diga na 3ª feira

Unknown disse...

Caro Conselheiro,

manter-se ainda mais calmos? mas então essa tem sido ao longo do tempo a posição assumida pelos elvenses: calmos e tranquilos.
"O regedor resolve e a nós simples elvenses e seus votantes apoiantes, só nos cabe curvarmo-nos em sinal de reconhecimento pelos seus feitos"

Não vai é havendo pachorra para tanto descalabro.
Um dia destes elvas será muito provavelmente uma terrinha dos "sem nada". Literalmente. Nem opinião vai havendo

Unknown disse...

Perdão,
No meu comentário acima façam o favor de ler Elvas (com letra grande).

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Pois é! Fechem-se as escolas, derrubem-se os quartéis, isolem-se os centros de saúde, transfiram-se as maternidades, tudo, mas tudo, para Lisboa. No interior vai crescer mato ou campos de golfe, condomínios fechados. Temos de fugir todos para a capital pois no interior vamos voltar à idade da pedra...
Foi para isto que se fez o 25 de Abril???

Dina disse...

Já agora convém referir que as declarações do Regedor foram feitas e directo a RR-Elvas...em resposta a uma notícia em que se dava a conhecer o possível encerramento de várias escolas do concelho.

Anónimo disse...

A xanu tinha que fazer publicidade à rádiocu que rima com xanu. Se fosse a ela começava também a arrumar os trapinhos porque é já a seguir a vez dela apagar a luz...

Ze de Mello disse...

Caro Anonimo,

Que quer o sr. ou srª anónimo que se diga na 3ª feira que não seja o que uma grande parte dos elvenses pensa! ou então porque se vê obrigado a vir a publico o Regedor após tão grande silencio?!
Recordo as suas palavras na sexta feira: "Não quero que a população pense que tem um "Regedor" que não se preocupa pelos interesses do concelho".
Eu não penso isso! Apenas digo que já era hora de sair do Palácio e dar a cara pela cidade, pois tenho a convicção que tem tomado nota dos acontecimentos, mas pelo que vou constatando no blogue, as pessoas querem mais, estão disposta a manifestar-se mas falta-lhe o impulso pelo que o vão fazendo em conversas de café e também aqui no blogue.
Impulso esse que, pelo que me contam, o Regedor já utilizou em outras ocasiões!
Penso também que um movimento popular poderia ajudar!
Mas isto são considerações minhas que já tenho alguma idade e sou de outros tempos...

Anónimo disse...

Diga tudo isso ao Regedor na 3a feira

Anónimo disse...

Pela sua actualização, porque concordo inteiramente com o que está escrito, porque também sou dos que não se conformam com a situação a que tudo chegou com a indiferença de alguns, o deixa andar de outros, transcrevo o que li em Águas do Sul de 8 de Dezembro.

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Maternidade de Elvas-Uma Carta de RosaMaria


Recebi ontem, ao fim da tarde, um texto urgente de RosaMaria, que transcrevo, dando voz à sua indignação, que, dizem, é um direito que ainda nos assiste...


"Dizia o jornal de notícias na edição da passada segunda-feira dia 5 de Dezembro:

Falta de Obstetras obriga maternidades a contratar reformado

Palavra infeliz que um jornal imprime, numa mistura de palavreado sem conhecimentos desta mesma causa, envolvendo um presidente da especialidade na Ordem dos Médicos (O M).

Esta foi a minha visão de profissional dessa mesma Maternidade que foi focada como a primeira a ser fechada nesse mesmo jornal.

Trazer vida ao mundo com amor, onde a qualidade é importante, mas passa para segundo plano, quando os propósitos são ultrapassados por cifras, isto é, Euros que só são mal gastos num povo a quem Nascer incomoda aos custos. Tão pouco valemos? Porque será?

Que tristeza, que país este, onde tudo se acaba e nada se constrói, a não ser, claro, as belas vivendas e solares em terras Alentejanas. Mas de quem são? Sim, de quem são essas maravilhosas casas e montes, dos que têm dinheiro, neste país e à custa de apertar o cinto e de tantos impostos.

Os enfermeiros trabalham de noite e de dia, por amor, esquecendo muitas vezes a família; entregam-se de corpo e alma até à exaustão, por um preço miserável chamado salário, que comparado com o país vizinho é uma esmola.

Hospitais do Interior que trabalham com qualidade e amor, onde o doente não é um número e é tratado pelo seu nome, onde a qualidade dos serviços prestados é premiada pela qualidade e tem lugar de notícia televisiva.

Que país é este?

Que notícia infeliz, que nem soube ser sensacionalista e quem a escreveu devia ter vindo averiguar no terreno como se trabalha num hospital pequeno, mas que tem profissionais competentes, que trabalhando em equipa fazem dos serviços um luxo para os utentes. Deviam ter vindo ouvir esse povo e saber da sua verdade, ouvir a sua justiça para com esse Hospital e como estão ou não satisfeitos, como são tratados, em vez de divulgar a mentira. Não há médicos reformados a trabalhar e maternidade também não é verdade, que esta maternidade tem menos de 200 partos por ano e maternidade não é só partos, tem muito trabalho dentro desse sistema, que não se vê mas que mantêm uma equipa ocupada 24 horas por dia, com trabalho; é só averiguar e falar verdades que o povo entenda e em português.

Somos Alentejo mas não somos as anedotas contadas nos meios de gente abastada, que come e se lambuza com o que este povo criou, mas que por necessidade vendeu por meia leca. Trabalhamos, não andamos aos encontrões em corredores, e não se paga a falsos médicos durante anos. Como aconteceu num desses hospitais onde tudo se amontoa e os doentes/utentes são apenas um número Nós somos reais.

Que politica tão suja a de destabilizar e desorganizar, para que fim? Alguém com interesses mais altos? Ou quem vai responsabilizar-se com o fecho duma maternidade que foi deixada em testamento a esta cidade?

E lembrar-me eu, que ergui bandeiras e andei de braços no ar, naquele dia 25 de Abril contente, porque ia viver num país livre! Livre de quê, afinal? As ervas daninhas continuam a germinar, os ricos a encher cada vez mais a pança, engordando as suas contas bancárias e a verdade, cada vez mais escondida dos trabalhadores portuguesitos.

Fecham-se escolas agora. No tempo do ditoso salazarismo nem se abriam.

Agora fechem-se hospitais e todos os postos de trabalho que vinham do antigo regime e olho para trás e que diferença faz?

Só mudaram os nomes, tornando-se tudo tão virtual, pela implementação da net e do mundo cibernauta…mas onde ficaram os sentimentos, a vida real, o amor ao próximo? Na conta bancária de quem fala do que não sabe, do que não chega ao fim do mês e vê os filhos a pedir pão.

Vergonha de ser Portuguesa não tenho, mas tenho vergonha de ter no País tantos cérebros iluminados, ricos de sabedoria sim, mas para governar as suas casas, onde as suas dispensas estão cheias de tudo, esquecendo aqueles que foram postos na rua dos seus empregos e ficaram sem ter como dar de comer aos filhos (meus pais dividiam uma sardinha para quatro bocas, na casa de meus avós no tempo da 2ª guerra mundial.)

Onde está o meu país de Abril, que abria as portas ao povo em promessas de viver bem? Onde estão tantos valores perdidos, com a entrada da globalização feita de imitações pobres e onde o ensino se esqueceu da sua própria História que já nem se lembram do quem foi o primeiro Rei de Portugal…

Trabalho na mais pequena maternidade do país, desde há quase 24 anos… Desde sempre foi a mais bem apetrechada de meios complementares de diagnóstico. Com Parteiras formadas pela Faculdade de Medicina de Coimbra, que a tornaram até aos dias de hoje, numa maternidade de amor, como refere a revista “Visão” num trabalho que tem por titulo “Como se nasce em Portugal - Da maternidade Maior à Mais Pequena”(Revista “Visão” edição nº465, de 31 de Janeiro a 6 de Fevereiro de 2002).

Que pena não ser tomada como exemplo, em vez dessa notícia monstruosa com cheiro a morte de tudo o que é lido com a vida.

Mas as palavras fechar, acabar, ou simplesmente abortar pertencem aos fracos e impotentes, na sua incapacidade de gerir um passado que vai agonizando, porque o País de Abril já lá vai e a história agora é feita de causas perdidas e portas fechadas. E porque será?

Que país que se acomoda num pasmo de morrer e não reage aos abusos e ofensas a quem trabalha!!!

ACORDEM e digam de sua justiça, somos portugueses e não temos que copiar ninguém, não é obrigatório ou é?

Haverá por aí de novo a PIDE? Não sei, mas o terror existe no trabalho que obriga quem o tem a sujeitar-se a tudo para o não perder e não ser ameaçado ou chantageado.

Voltamos ao princípio, mas sem valores, sem respeito, cavalgando selvaticamente, passando por cima de tudo e todos, espezinhando e desvalorizando o trabalho honesto que sai das mãos desta gente do Alentejo, que também é Portugal caso não saibam.

Rosamaria Abrunheiro

Parteira da Maternidade de Elvas

Anónimo disse...

Será que 3ª feira o Regedor voltará a anunciar a sua demissão se alguma coisa fechar?

É trite vermos acabar as coisas com que convivemos desde sempre mas convenhamos que trinta anos de regabofe a deitar dinheiro fora em coisas onde só se esbanja, algum dia tinha que começar a acabar.

A história deve recordar-se evocar-se e sobretudo respeitar-se mas não podemos ficar agarrados a ela.
Elvas precisa de gente e instituições que saibam criar riqueza não das que só sabem gastar a pouca que ainda existe...

Já agora uma provocaçãozinha...

Será que não há por aí uma ou outra fregueziasita a mais???

Anónimo disse...

Então não há-de haver... Vila Fernando tem prai 300 habitantes!

Ze de Mello disse...

Quero agradecer ao Conselheiro CustodioFitas a transcrição desta carta da RosaMaria, que já tinha lido no LE e tb num outro blogue.
Que sentimento tão belo´nos é transmitido! Obrigado RosaMaria!

Anónimo disse...

saia da internet e vá lá dizer o que pensa.
Estar aqui escondido na net não ajuda lá muito. Pois não! em 18 mil e picos habitantes que há no concelho, se 10% tem internet são 1800 e se 10% ligarem a blogs tem 180. como ainda assim duvido que tenha 180 curiosos no seu blog isto aqui não passa de um blog que cabe em um ou dois taxis.
vão ao cine teatro e vejam quandos estão lá com 2 dedos de testa e desses quantos são os descomprometidos com o sistema.
Contem os Amem ao manda chuva.

è uma guerra perdida, Amem para voces, procurem casa numa terra a sério que esta já deu o q tinha para dar

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