Portugal assinou a Convenção do Património Mundial em 1979 e neste momento ocupa o 16º lugar no ranking de países com mais Bens classificados em 192 Estados membros.
Os primeiros Bens que Portugal inscreveu na lista de Património Mundial da Unesco em 1983 foram:
:: Centro Histórico de Angra do Heroísmo nos Açores sendo um testemunho da arquitectura militar da expansão maritima portuguesa desde o sec. XV ao XIX.
:: Convento de Cristo em Tomar simbolo da reconquita templária e da expansão maritima portuguesa
:: Mosteiro da Batalha como grande testemunho do gótico português, construido para celebrar a vitória de Aljubarrota.
:: Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Capela de São Jerónimo () testemunho da expansão maritima e da magnificiÊncia de Portugal enquanto grande potência no sec. XV/XVI.
Segui-se em 1986 o Centro Histórico de Évora, cidade-museu, documentando a evolução desde a época romana até ao sec. XX, tendo o seu periodo aúreo no sec. XV, e que se tornou em Portugal um simbolo da preservação monumental e da sua interacção com o turismo mas apresentando algumas falhas agora visivéis no binómio preservação de monumentos / população residente.
Três anos depois foi a vez da Unesco classificar o Mosteiro de Alcobaça obra prima do gótico de cister em Portugal no qual se incluem os tumulos de Pedro e Inês, a mais romântica história de Portugal.
Obdecendo às novas filosofias da Unesco em 1995 é classificada a Paisagem Cultural de Sintra como testemunho principal do romântismo europeu, integrando o centro da Vila de Sintra, os Parques Florestais e os Palácios da Pena, de Monserrat, de Ribafrias e Castelo dos Mouros entre outros.
O Centro Histórico do Porto é classificado em 1996 pelo valioso espólio que conserva esta cidade e a sua evolução ao longo dos seus mais de 1.000 anos. Pretende neste momento a Autarquia de Vila Nova de Gaia aumentar a área classificada à sua margem do Douro, onde se situam os armazéns de Vinho do Porto, marca indiscutível da evolução mercantil do Porto cidade.
Depois de as salvar de se afogarem, o Estado apresenta à Unesco a candidatura das Gravuras Rupestres e rapidamente o Vale do Côa é classificado, dado já ser universalmente reconhecido pela comunidade cientifica como o maior santuário a céu aberto descobertos no mundo deste tipo de gravuras.
Um ano depois foi a vez de atribuir uma classificação à Ilha da Madeira pela sua Floresta de Laurisilva , a segunda classificação exclusivamente natural, dado ser nesta ilha onde se preserva a maior fatia deste tipo de floresta que em tempo foi a paisagem da plataforma continental europeia.
Portugal vê em 2001 dois Bens serem reconhecidos pela Comissão; o Centro Histórico de Guimarães como cidade berço desta nossa nação e como um perfeito exemplo de coabitação entre as construções medievais e as novas estruturas que fazem deste um dos mais belos centros históricos do mundo e já anteriormente premiada com diversos prémios europeus pela salvaguarda do seu património; e ainda nesse ano, a mais antiga Região Vinicola demarcada do Mundo, o Alto Douro Vinhateiro.
O último Bem classificado, também ele natural, e na área económica do anterior é a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
Continuando esta odisseia portuguesa de classificar Bens espera-se que em 2006 chegue a vez da Vila de Marvão, sobre a qual editaremos em breve um comentário.
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