edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 13.9.05
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Ainda não tinha tido oportunidade de visitar a Sé de Elvas desde que acordei, assim que aproveitei e lá fui eu até à Praça Nova tentar descortinar por onde entrar por entre andaimes e outras estruturas que cobrem a fachada da nossa Matriz!
Primeira surpresa o facto de esta já não ser sede episcopal!! Realmente tenho que estar mais atento a esta vida contemporânea! Enfim vamos lá ver como está este lugar santo.
Depois ao entrar a mais assustadora surpresa, que me parece um escandalo nacional, o facto do orgão de tubos do sec. XVIII atribuido a Pascoal Caetano Oldovini e encomendado pelo Bispo D. Lourenço de Lencastre, duma beleza sem igual na região, com trabalho de talha barroca/rocócó de elevado bom gosto esteja desmiolado e porquê?
Ao que consegui apurar foi entregue a sua reparação pelo IPPAR ao um organeiro e posteriormente cancelado o trabalho, o que fez com que este senhor de nome António Simões tenha o nosso orgão RAPTADO!
Justifica-se o individuo que estes estão cautivos para garantir o pagamento dos serviços realizados estando pendente uma resolução judicial sobre o assunto.
Meus senhores para além do orgão da Sé de Elvas ficaram na custódia desde organeiro outros 5 orgãos, sendo que alguns já foram resgatados pelas estruturas proprietárias ou por instituições públicas.
Será que a Igreja não se preocupa com o seu património raptado? Será que não há em Elvas instituições que se preocupem com esta situação? Não existe uma associação defensiva dos interesses culturais locais? E os cidadãos da urbe estão adormecidos?
Estou escandalizado! Que tempos são estes em que territórios de dominio público são apropriados (ver édito O Jardim dos Nossos Escritores) e em que o património é feito refém?

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