edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 28.9.07
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28 éditos depois sobre o Coliseu. 1 anos após a sua inauguração é hora de fazer um primeiro balanço sobre esta estrutura.



Esta obra que veio enobrecer a entrada oeste da Cidade, custou aos cofres do Palácio, e aos contribuintes, 7,5 Milhões de Euros (com uma derrapagem orçamental de 3,5 milhões) e tornou-se a coqueluche do burgo, que se sentiu envaidecido por uma pequena terra do interior estar dotada com este tipo de equipamento multifuncional e com uma capacidade máxima de 6.100 espectadores.



Ao longo deste primeiro ano de vida, o Coliseu, assistiu a "12 eventos, envolvendo quase 50 mil pessoas em todas as assistências" assim nos informa o Regedor no seu Editorial no Boletim do Palácio. Na sua inauguração foi proclamada a sua grandeza e originalidade na linha transnacional Lisboa / Madrid, e os benefícios da sua localização na raia com a Extremadura, servindo assim de grande palco do Alentejo. A sua exploração seria até Dezembro'06 feita pela autarquia passando depois para os privados: "Hasta el final del año será el Ayuntamiento, después la entregaremos a un empresario para la parte de los toros e a otro la vertiente artística e musical, quedando el Ayuntamiento con la responsabilidad de la organización de otros eventos, así como de la manutención de la misma. Esto será, claro esta, en concurso publico como esta estipulado en la ley de las autarquía", assim se pronunciava o Regedor ao site Opinion y Toros em Agosto'06.



Recordemos que o único dos "concurso de alfaiataria" realizados pelo Palácio e já adjudicado foi o da Concessão do Cemitério de S. Francisco, enquanto o do Terminal Rodoviário, Concessão da Água e os de Concessão de Exploração dos Bares do MACE, Coliseu e Biblioteca resultaram em nado-mortos. O interesse das grandes produtoras de eventos ou empresários tauromáquicos parece não ser coincidente com os sonhos palacianos! É pena sobretudo para os contribuintes que governam a estrutura e dela não usufruem! Recorde-se ainda que foi aprovado em Conclave do Palácio (14 Junho'06) a criação de uma empresa municipal para a gestão de equipamentos e animação cultural e recreativa que se encontra congelada.




Quanto ao "objectivo de construir um equipamento com aquelas características foi dar resposta a uma necessidade que o Alentejo e a Extremadura espanhola têm" (o Regedor ao Alentejopress.com) e pode dizer-se que este objectivo está duplamente realizado com a inauguração da Arena d’Évora, que em 3 meses já realizou:





  • Espectáculo de Inauguração - 23 Junho



  • Tourada de S. João - 24 Junho


  • Blasted Mechanism - 26 Junho


  • José Cid 27 - Junho


  • Festa do Desporto/Orquestra Ligeira “Cidade de Évora” - 28 Junho


  • Tourada de S. Pedro com transmissão TVI - 29 Junho


  • Terra d’Água - Uxia/Lúcia Moniz/ Filipa Pais/ Maria Anadon – 30 Junho


  • Ronda dos 4 Caminhos - 1 de Julho


  • Tourada Real - 13 Julho


  • Estágio Selecção Femenina de Basquetebol - 10 a 14 Agosto


  • Mariza - 19 Agosto


  • Corrida de Touros Revista Caras - 8 Setembro


  • Apuramento para o Campeonato da Europa de Basquete Femenino - 13 a 16 Setembro


Acresce ainda que neste momento tudo aponta para que em Novembro possa a Arena d'Évora, receber 6 Selecções "A" de Voleibol, onde se inclui a Selecção Nacional, e prevendo-se a transmissão televisiva pela maior cadeia televisiva de desporto da Europa.



"Em primeiro lugar quero deixar bem claro de que eu não atribuí o nome ao Coliseu, aliás eu não estive nessa dita discussão, se é que houve alguma discussão, não houve discussão nenhuma. (...)", recordemos a ante visão que este Velho Conselheiro teve sobre o tema ainda em Maio '06:


Erramos ao colocar o A. mas de resto acertamos!



«Até arranjaram a expressão “elefante branco” para o novo equipamento elvense. Sinceramente: se o Coliseu é um elefante, branco não é com certeza; tem muitas e variadas cores, tal a sua polivalência funcional.» Assim conclui Rondão Almeida o seu último editorial. Completa o Zé de Mello que espera pelo bem dos Elvenses que este não seja um "elefante arco-iris".
A exposição nacional que Elvas tem tido com os eventos aqui realizado é notória, os beneficios culturais que este espaço trouxe ao Concelho também mas na opinião deste Velho Conselheiro não deve uma entidade pública substituir-se aos privados na realização deste tipo de espectáculos, quando mais não existe uma política social para eventos ali realizados. Entende o Zé de Mello que aquele elefante branco o é quando é passou a ser um encargo monetário de exploração para os cofres do Palácio do Regedor.

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