edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 28.3.07

Nos últimos anos a Cidade tem sofrido uma verdadeira revolução no seu Centro Histórico, e, hoje que se celebra a nível nacional o Dia dos Centros Históricos, o Palácio do Regedor, associa-se a esta comemoração com várias actividades na "sala de visitas" do burgo.

Recordemos que alguns edifícios, e em boa hora, sem utilidade e em abandono foram devolvido ao usofruto das populações; destaco a Casa da Barcas, que é hoje o Mercado Municipal ou ainda o antigo Cine S. Mateus reconvertido em Museu de Fotografia e Auditório. A nova fisionomia da Rua da Cadeia ou da Praça 25 de Abril são exemplos de intervenção urbana que melhora e devolve a Cidade aos cidadãos. Mas também a iniciativa privada tem o seu papel neste renascer da Fénix, olhemos o Hotel S. João de Deus ou os novos edifícios de habitação que aos poucos vão sendo reabilitados no Cidade Intramuros.
É dia de festa!, mas é também dia de pensar o que se quer para estes espaços! Há que proporcionar condições para que estes espaços não sejam museus mas sim espaços vivos e de fruição das pessoas, acolhedores para que os jovens queiram aqui residir.
E espero que neste dia se olhe também para aqueles edificios que apresentam já marcas do seu estado de abandono como é o caso da antiga Manutenção Militar, para a qual o Regedor anunciou ser uma possível localização do Museu Rural e Etnográfico, ou ainda para o malfadado edifício da Rua do Tabolado.

3 comentários:

Dina disse...

O centro histórico devia ser também uma zona de residência para muitos elvenses, infelizmente só vão ficando os mais velhos e quando esses forem desaparecendo o centro histórico ficará apenas como zona comercial.Se muitas dessas casas fossem reabilitadas e colocadas no mercado com preços mais acessíveis, destinadas essencialmente aos jovens, poderia ser uma forma de trazer de novo habitantes para o centro duma cidade que se pretende continue viva.

Anónimo disse...

Em contraste com o que diz e se escreve, no final do dia de ontem ao passear pelo centro da cidade, que se quere, pelo menos as suas muralhas, património da humanidade, deparei-me com a triste realidade de um centro histórico em franco declinio fisico e social.
As tendas centradas na praça da republica que visavam assinalar as comemorações do dia nacional dos centros históricos, numa iniciativa que visa não mais, do que dizer propagandisticamente que se faz algo, para incluir apressadamente no dossier de candidatura das muralhas de Elvas a Património da Humanidade, nada tem a ver com a realidade do que se passa com a malha antiga da cidade.
Prosseguindo com o meu passeio de final de tarde deparei-me com as casas abandonadas e em ruínas do centro histórico, esse que merecia uma comeoração séria pela sua vitalidade, com vidraças partidas, cujas habitações são ocupadas não pelas gentes da sua terra, nem do seu centro histórico, mas por pombos correios - Espectáculo visivel por cima do antigo café do senhor pinheiro à esquerda do Arco do Relógio.
Deabulando por essas ruas da min ha cidade desci a rua do Açougues, uma importante via do medievo elvense, e deparei-me com sucessivos atentados, a escassos metros da nossa belissima Sé, monumento emblemático por excelencia da Cidade de Elvas. Azulejaria barata encostrada na fachada de edifico (propria de casas de banho e cozinhas interiores claro), fachadas completamente descuradas, multiplicidade de caixarias...
É esta a triste realizade da nossa cidade...
Para que nos enganarmos....
Ninguem se preocupa por ela.
Pelo seu passado.
Não basta recuperar um ou outro edificio.
É necessária vontade política para desenvolver uma politica séria de reabilitação....
Quem deixa morrer a memória urbana da sua cidade, não pensa no futuro... de Elvas....
Pensa no seu umbigo, e no futuro dos seus companhas...

A Verdade contra o Mundo disse...

Felicito-o pelo seu comentário estimado Baluarte. As coisas sao o que sao e nao aquilo que certos senhores desejam para os seus inconfessaveis designios, nao é mesmo?
Um abraço

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