A viver em Coimbra há 15 anos como foi a experiência de sair de Elvas e rumar a uma cidade e a uma vida desconhecida? Foi angustiante por um lado e fascinante por outro. Coimbra é uma cidade que permite crescer quer academicamente quer a nível pessoal e cívico.Oferece muitas oportunidades aos estudantes de sonhar, conviver, realizar projectos, intervir social e politicamente. Eu acho que aproveitei bem essas oportunidades.
Que ligações mantém com a cidade natal? Mantenho a minha familia e alguns amigos em Elvas, que visito quando posso.
Hoje em dia exerce advocacia. Como olha para a justiça portuguesa? Olho a Justiça com esperança. Não quero cair na tentação de criticar por criticar, pese embora tenha motivos de sobra para ser céptica. Acredito que estou por dentro do sistema para poder mudar aquilo com que não concordo. Nomeadamente a morosidade que derroga o verdadeiro sentido da Justiça e é o seu maior problema. Numa altura em que em Elvas se fala no encerramento da Maternidade a Cristina está de esperanças. Como vê, ao longe, estes acontecimentos? Vejo com muita preocupação. Preocupa-me saber que, em termos de saúde, o interior esteja tão mal servido fazendo da população de Elvas uma especie de cidadãos de segunda. O problema é de fundo e não posso concordar com o facto de o serviço de Maternidade - ou outros - não tenham direito ao investimento técnico e humano que a população merece . Mas já que a ferida existe não me choca aceitar que se coloquem alternativas viáveis e realistas, nomeadamente a colaboração de Badajoz. Parece-me demagógico colocar esta questão em termos de nacionalismos exacerbados.
Se eu vivesse em Elvas e a minha filha tivesse de nascer ai, quereria que ela tivesse a melhor assistência, de um ou outro lado da fronteira. Que recordações a embalam nos dias de saudade? Os meus tempos de infância e os meus longos passeios a cavalo. Acredita que a exposição causada com o “caso Casa Pia” prejudica a imagem de Elvas ao associar este nome a um dos mais polémicos casos de pedofilia do país? Não acredito que a imagem da cidade seja afectada, uma vez que apenas um dos arguidos do processo é natural de Elvas. Acredito que a opinião publica entende que a ligação deste processo a Elvas é meramente circunstancial. Como elvense fora de portas como vê o estado actual desta cidade? Que futuro poderá percorrer esta terra raiana? Sinceramente, não tenho um conhecimento aprofundado sobre a realidade socio-económica da cidade e qual será o seu rumo. Sem conhecimento e sem capacidade de exercer futurologia, só me resta o desejo que a nossa terra se desenvolva no sentido de proporcionar á população a melhor qualidade de vida. Não sei se tem, mas se tivesse que colocar um retrato de um monumento de Elvas
na sua casa esse seria… Os Arcos da Amoreira, pela sua beleza e majestosidade.
O seu rebento será alentejano de coração? Claro que sim, vou-lhe contar muitas histórias da minha terra e irá passar férias com os avós para conhecer as suas raizes.
Que ligações mantém com a cidade natal? Mantenho a minha familia e alguns amigos em Elvas, que visito quando posso.
Hoje em dia exerce advocacia. Como olha para a justiça portuguesa? Olho a Justiça com esperança. Não quero cair na tentação de criticar por criticar, pese embora tenha motivos de sobra para ser céptica. Acredito que estou por dentro do sistema para poder mudar aquilo com que não concordo. Nomeadamente a morosidade que derroga o verdadeiro sentido da Justiça e é o seu maior problema. Numa altura em que em Elvas se fala no encerramento da Maternidade a Cristina está de esperanças. Como vê, ao longe, estes acontecimentos? Vejo com muita preocupação. Preocupa-me saber que, em termos de saúde, o interior esteja tão mal servido fazendo da população de Elvas uma especie de cidadãos de segunda. O problema é de fundo e não posso concordar com o facto de o serviço de Maternidade - ou outros - não tenham direito ao investimento técnico e humano que a população merece . Mas já que a ferida existe não me choca aceitar que se coloquem alternativas viáveis e realistas, nomeadamente a colaboração de Badajoz. Parece-me demagógico colocar esta questão em termos de nacionalismos exacerbados.
Se eu vivesse em Elvas e a minha filha tivesse de nascer ai, quereria que ela tivesse a melhor assistência, de um ou outro lado da fronteira. Que recordações a embalam nos dias de saudade? Os meus tempos de infância e os meus longos passeios a cavalo. Acredita que a exposição causada com o “caso Casa Pia” prejudica a imagem de Elvas ao associar este nome a um dos mais polémicos casos de pedofilia do país? Não acredito que a imagem da cidade seja afectada, uma vez que apenas um dos arguidos do processo é natural de Elvas. Acredito que a opinião publica entende que a ligação deste processo a Elvas é meramente circunstancial. Como elvense fora de portas como vê o estado actual desta cidade? Que futuro poderá percorrer esta terra raiana? Sinceramente, não tenho um conhecimento aprofundado sobre a realidade socio-económica da cidade e qual será o seu rumo. Sem conhecimento e sem capacidade de exercer futurologia, só me resta o desejo que a nossa terra se desenvolva no sentido de proporcionar á população a melhor qualidade de vida. Não sei se tem, mas se tivesse que colocar um retrato de um monumento de Elvas
na sua casa esse seria… Os Arcos da Amoreira, pela sua beleza e majestosidade.
O seu rebento será alentejano de coração? Claro que sim, vou-lhe contar muitas histórias da minha terra e irá passar férias com os avós para conhecer as suas raizes.
7 comentários:
Tal como a Cristina todos os elvenses tem que sair de Elvas.
Temos uma terra madrastra sim senhor.
Porque durante estes anos todos, os políticos que nos governaram (e foram de todas as áreas) não criaram emprego.
Cada vez há menos gente no concelho e os que ficam são mesquinhos, pequeninos e invejosos.
As familias ricas que sempre mandaram querem o resto da escumalha pobre e não podem ver ninguém sair da miséria, por isso manipulam, seja com agricultores (subsídio-dependentes), advogados, médicos ou políticos.
Uma escumalha que só merece que lhe cai os arcos em cima, filhos da puta.
Só nos resta ir embora!
Referindo-me ao 1º comentário.
Tem toda a razão, apesar deste presidente ter feito muito pela cidade, a falta de emprego, é evidente, para todos nós, e realmente o que resta é irmo-nos embora daqui. Eu ainda tenho essa hipótese, por ter família no estrangeiro, pergunto é o que farão os outros que não te em essa hipótese.
Ese mal de tener que irse de la tierra de uno para buscar mejor suerte no es algo exclusivo de Elvas, yo aqui al otro lado de la raia me debato en las misma situación, tener que dejar esta ciudad preciosa que tanto amo (en parte por tener elvas a solo un paso) y acabar mis dias con algo mas de dinero y con mucha saudade de lo que es mio, da minha terra e do minho pedaço de alentejo
Ese mal de tener que irse de la tierra de uno para buscar mejor suerte no es algo exclusivo de Elvas, yo aqui al otro lado de la raia me debato en las misma situación, tener que dejar esta ciudad preciosa que tanto amo (en parte por tener elvas a solo un paso) y acabar mis dias con algo mas de dinero y con mucha saudade de lo que es mio, da minha terra e do minho pedaço de alentejo
Ese mal de tener que irse de la tierra de uno para buscar mejor suerte no es algo exclusivo de Elvas, yo aqui al otro lado de la raia me debato en las misma situación, tener que dejar esta ciudad preciosa que tanto amo (en parte por tener elvas a solo un paso) y acabar mis dias con algo mas de dinero y con mucha saudade de lo que es mio, da minha terra e do minho pedaço de alentejo
Ese mal de tener que irse de la tierra de uno para buscar mejor suerte no es algo exclusivo de Elvas, yo aqui al otro lado de la raia me debato en las misma situación, tener que dejar esta ciudad preciosa que tanto amo (en parte por tener elvas a solo un paso) y acabar mis dias con algo mas de dinero y con mucha saudade de lo que es mio, da minha terra e do minho pedaço de alentejo
Meus caros:
- Um abraço á Rosa Maria e obrigado pelo comentário.
- Para os restantes, digo-vos que a minha opção em ficar em Coimbra não se prendeu com questões laborais, mas tão somente pessoais. Acredito, inclusivamente, que teria mais trabalho por ai -na minha profissão- do que aqui em Coimbra onde a concorrência é feroz! No entanto, não é menos verdade, que o desemprego por terras do Alentejo é uma realidade assustadora. Daqui a pouco o pais tomba com o peso no litoral.
- Um grande abraço ao blog e a todos os conselheiros. Vou continuar por aqui.
Cristina Eusebio
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