O tempo não me ajuda a sair fora de portas, mas depois de uma semana fechado dentro de museus, resolvi aproveitar o fim de semana e descer até aos novos bairros perifericos na zona sul.
Para um velho conselheiro e ex-ministro do reino que, segundo alguns, foi o pioneiro do planeamento urbano em Portugal, com obra que ainda hoje é exaltada, fiquei deveras surpreendido com a explosão de novas urbanizações que crescem nesta latitude da cidade: Urbanização da Quinta do Bispo, Urbanização do Parque da Piedade, Urbanização do Morgadinho, Urbanização da Carvalha.
Uma palavra especial para a Quinta do Bispo, lar de António Sardinha, que após estudos do IPPAR, obrigou à preservação da Casa Principal e de parte dos Jardins da Quinta, que segundo penso serão de dominio público (?). Se assim for parece-me o local ideal para aí localizar um equipamento cultural para esta zona sul, que se encontra em expansão, e assim dotar a maior freguesia urbana de um equipamento cultural fora de portas!
Também a nova urbanização a sul do Santuário da Piedade me pareceu limitar o espaço de expansão do Parque da Confraria, impossiblitando assim num futuro o aumento do terreno para a Romaria de S. Mateus, mas obviamente percebo as questões monetárias que levaram a mesma a vender aqueles olivais.
Mas o que mais me preocupa nesta nova centralidade é a falta ou fraca preocupação pelas vias de circulação e acessiblidades, veja-se o caos que se torna a Avenida Sanches Manuel, Rotunda do Bombeiro ou Avenida António Sardinha por volta das 9 horas! Que solução? Estará pensado no plano de expansão uma circular sul a estas urbanizações? A construção é necessária mas as acessibilidades são essenciais! Não quero ser um velho do Restelo, mas preocupa-me e assusta-me o futuro congestionamento de vias já hoje saturadas.
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