edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 19.10.05
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Em tempos em que este vosso Conselheiro estava indigitado por El-Rei D. João V junto da corte inglesa, fui convidado por um aristocrata, cujo nome no momento não me ocorre, para uma festividade no seu palácio.

Sendo homem frequentador de várias festas reais, em outras embaixadas e em várias casas de Lordes, sabia que era figurino destes eventos a pompa e a exuberância que as bolsas dos organizadores podiam custear. Tratando-se de um aristocrata desconhecido para este vosso Conselheiro, tentei junto dos meus pares obter informações sobre dito individuo. Assim fiquei sabendo que apesar de desconhecido na nobre Londres da Casa de Hanôver este cavalheiro se preparava para surpreender os dignos representantes de pátrias estrangeiras e a corte de Jorge II, tendo chamado ao seu paço renomados cozinheiros, artistas e malabaristas, músicos e artistas que preparavam uma velada que pretendia exuberante e inesquecível.

Conjuntamente com toda a nobreza inglesa também eu não poderia faltar a tão publicitado acontecimento. E assim fui até a nobre morada de dito senhor.

Olhando para os acontecimentos que têm tido lugar esta semana na nossa urbe, julgo que alguns ilustres cidadãos ouviram falar de uma grandiosa festa e a ela rumaram a 9 de Outubro. Chegados lá, não encontraram um aristocrata ou nobre cavalheiro mas sim um simples escudeiro festido de brocados que aproveitou um título de nobreza de outro para subir os degraus do Palácio Real e assim se promover e atingir o seu objectivo tal qual o outro aristocrata que pretendia beijar a bela princesa e futura Rainha de Inglaterra e Escócia.

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