edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 17.5.10
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Na noite de sexta-feira no Coliseu Cidade de Elvas assistiu-se a solidariedade ou a sacrifício?


A realização de uma corrida de toiros para angariar fundos para uma instituição como a APPACDM de Elvas pode parecer uma ideia louvável, mas fazendo uma leitura idiossincrática do evento percebemos que o sangue derramado pelo animal e que as emoções primárias que este produz a quem a eles assiste, em nada pode ser comparado ao carácter humanista duma associação que tem nos últimos anos sido referência dum caminho de igualdade e integração de cidadãos com capacidades reduzidas.

Seguramente outro evento em que o animalesco e primário fosse substituído por alegria sã e integração dos elementos que fazem a APPACDM, permitiria uma evolução na sociedade, fugindo assim à orquestração vigente no burgo de animação pelo gosto da tortura animal, segundado pelos órgãos de comunicação social.


TODOS SOMOS ELVAS!!
2010 ANO DA EUROCIDADE
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6 comentários:

Registos Pessoais disse...

Os que podemos comemos lagosta suada,(cozida viva), ostras vivas e até peixe vivo(orientais).

Vamos ao Pompílio comer perdiz e lebre, comemos carne de bovino, ovino ou porcino.

O "Tiro aos Pombos" desde há uma centena de anos que oferece proteína animal às Instituições de Caridade que não a podem comprar.

A intelectualidade antes de escrever nos blogs devia tentar resolver os seus problemas internos.

Temos aqui por exemplo a Menina Isabel-I-do-Património que se insurgiu contra os touros em Elvas.

Por que razão não se insurge contra as touradas à "vara larga" que se fazem na sua aldeia natal com o apoio entusiástico de Autarcas Comunistas eleitos, bem como populares?

Esta é a situação de Alentejo e Ribatejo, autarcas comunistas com o povo do seu lado contra intelectuais também comunistas.

A ingratidão está patente até neste "post".
Bastinhas e seu filho, Zé Luís Sommer de Barbacena e Forcados Académicos de Elvas(além dos extra-Elvas) solidarizaram-se com quem precisa, disponibilizando meios materiais e arriscando as sua vidas.

Os intelectuais questionam. Por que razão os intelectuais que criticam esta tourada, não praticam a solidariedade praticada pela Sociedade Civil, disponibilizando parte dos seus chorudos salários públicos pagos pelo contribuinte?

Isabel I disse...

Obrigada por me referir como exemplo daqueles que se opõem às touradas, aqui e em toda a parte. É para mim um grande motivo de orgulho ser conhecida por defender os direitos dos animais. Quanto à minha solidariedade para com os mais desfavorecidos, que sabe o Sr. dela? Uma coisa lhe garanto: não pratico tiro aos pombos para garantir proteínas aos pobrezinhos (?) Touradas, caçadas e outras palhaçadas são resquícios da idade da pedra, destinadas à extinção. O tempo não volta para trás, infelizmente para si.

Registos Pessoais disse...

Menina Isabel-I-do-Património:
Quando chegar a Regedora acaba com as touradas no Pavilhão José Rondão Almeida?

Isabel I disse...

Regedora? Só se fôr da banda da minha aldeia natal, a tal que é governada por comunistas à vara larga. Touradas? Nem mais uma só, em parte nenhuma, em tempo ou coliseu algum, com beneméritos ou sem eles, nem lagostas suadas nem nada, nem sociedade civil nem salários públicos. Morram as touradas morram, pim!

coisa ruim disse...

Menina Isabelita del Patrimonio: que lindo, que tocante, que que que ...foi ler a sua intervençao a favor dos animais!! Vosmecê nao se enxerga? Nao? Agora noa tenho tempo mas já blogarei a proposito daquilo que escreveu

Unknown disse...

De facto este tema sempre foi controverso numa terra em que as touradas ainda são bastante apreciadas.

Sei bem o que leva as pessoas a assistir a este "espectáculo", tenho muitos amigos que infelizmente apreciam esta actividade. No entanto, nos dias que correm, não há necessidade de andar a brincar assim com estes animais.

Quando leio as comparações que fazem com outros tipos de animais que também comemos vem-me à cabeça a VERDADEIRA comparação: Coliseu de Roma, há 2000 anos atrás! É a melhor comparação que há!

Para os apreciadores da tourada venham-me lá dizer se gostavam de ser o gladiador? Fechado numa arena, tentando lutar pela vida mas destinado a perder contra a superioridade do adversário? Esfaqueado até à morte ou decapitado.

Se vivessem nesse tempo, isso dar-vos-ia prazer? Gostariam do espectáculo apenas porque os outros também apreciavam ou por prazer próprio?

Não tem nada a ver as lagostas cozidas, as ostras ou o peixe. Não são comparáveis porque não temos prazer nenhum nisso. Não se juntam 3000 pessoas para assistir à lagosta a ser cozida. E só o fazemos porque o ser humano é omnívoro e tem que comer! A carne do touro também se come mas se o podemos fazer sem antes o torturarmos até à morte, melhor!

É verdade que foi graças à tourada que algumas espécies animais sobreviveram. Temos isso a agradecer a essa actividade. Mas estamos no século XXI! Já não precisamos destas tradições para manter a diversidade genética.

Com tanta actividade lúdica e tanta diversidade artística que existe hoje em dia não estará na altura de pôr de parte algumas delas, pelo menos aquelas que não geram consenso?

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