edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 21.5.07
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Éditos antigos que continuam actuais:


31 de Outubro de 2005
OCRE?





Através de mão amiga chegou-me um interessante trabalho duma historiadora da região que se tem debruçado sobre a Arqueologia da Cor.
Este trabalho apresenta um estudo sobre a problemática da conservação e apresentação dos revestimentos exteriores e interiores em edifícios e conjuntos urbanos históricos, com especial destaque para casos como os de Évora ou Monsaraz.
Depois de injustificadamente ter dito que copiamos a cidade de Évora neste erro, apresento as minhas desculpas ao saber hoje que também em Évora esta introdução não corresponde à tradição local, tendo sido introduzida na cidade durante o Estado Novo. Em Évora para além da alteração da cromática do revestimento exterior dos edificios, levou inclusivé à ocultação de esgráfitos e imitações de azulejaria que cobriam algumas das fachadas da cidade.
Em relação ao caso de Monsaraz, em data já mais recente, a aduletração da fisionomia da vila, quer nas cores utilizadas quer no revestimento das artérias. "A minha casa era das que tinha o rodapé vermelho", assim se justifica uma das entrevistadas relatando a tradição de utilizar o vermelho nas fachadas monsaratenses agora em desuso.
Quanto à nossa urbe não existem trabalhos efectuados sobre a arqueologia da cor, pelo que pergunta este vosso Conselheiros, foi tomada a decisão de implantação do Programa Elvas Cidade Branca de ânimo leve? Ou será que apenas no caso do parque subterraneo da Praça Nova houve estudos arquelógicos preliminares. E então na restruturação das redes básicas sanitárias, que agora terminam no centro histórico, também não houve acompanhamento arqueológico?
Évora e Elvas nunca foram Cidades Brancas, estas são-o pela ignorância e pelo desrespeito pelas tradições.
Évora no tempo da ditadura salazarista.
Elvas na regência de Rondão Almeida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Os acontecimentos têm ironias difíceis de acreditar. Acompanhem-me no raciocínio e confirmem os factos.
Facto 1 - a crónica do Manuel Carvalho, lida na Rádio Elvas às 9.30 e às 19 horas desta segunda-feira, dia 21; o texto está disponível no site da RE.
Facto 2 - o post do Tiago Abreu, no Blog da Má-Língua desta mesma segunda-feira.
Facto 3 - o post é um decalque escandaloso da crónica.
Conclusão "comercial" dos três factos anteriores:
- Há coisas fantásticas, não há?...

Maria do Consultório disse...

Mas convenhamos que não fica nada mal.

Um abraço

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