edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 14.2.07

Todos já ouvimos falar do ouro , aquele metal amarelo que dá a volta á cabeça a tanta gente , depois apareceu o ouro negro , que tem enchido os bolsos de muita outra boa gente , e por fim temos o ouro branco , aquele que é fonte de vida , que mata a sede a quem a tem , e é tão mal tratado e desperdiçado por tantos por esse mundo fora.
Com o espírito mercantilista , apanágio das sociedades actuais , nem o ouro branco podia fugir ao interesse de alguém.
Presume-se que quem é eleito , quer ser eleito para servir , no entanto temos notado que infelizmente quem é eleito , quer ser eleito para se servir , para se servir de tudo e de todos com a única ambição do enriquecimento rápido e sem dar muito nas vistas , pois antes de serem ricos , e afirmaram-no publicamente e está escrito para que tenha dúvidas , que já eram ricos.
Como todo e qualquer ilusionista da palavra fácil , de vez em quando mete os pés pelas mãos , e quando isso acontece arranja cada imbróglio , que é de partir a rir de tristeza .
Vejamos então o caso de um Regedor que por enquanto ainda detém a posse do elixir da vida , a água .
Qualquer tipo de exploração tem inerente os seus custos , no entanto quando estamos a falar da distribuição de um bem tão precioso para todos nós , a água ,os lucros têm de ser iguais ou ligeiramente superiores aos custos , pois estamos a prestar um serviço público , porque para isso fomos eleitos .
Até aqui tudo bem , o problema começa quando os eleitos afirmam publicamente que se não privatizam então têm que aumentar o preço do metro cúbico da água.
Com uma afirmação destas qualquer opositor digno desse nome , tinha de imediato pedido a demissão de quem proferiu uma hipocrisia deste tamanho .
Como é que uma empresa privada consegue manter o mesmo preço do metro cúbico da água , quando a pública disse que tinha que o aumentar.
Das duas três , ou o privado é mago ou muito bom gestor , sendo a pública mal gerida ,ou então o Regedor não falou verdade.
Para justificar actos antigos e compromissos talvez assumidos , pois a ajuda já existe há bastante tempo , nada melhor do que ficar bem na fotografia , arranjando então um concurso internacional para a privatização do ouro branco , veja-se só , internacional , e ainda adam os outros a apregoar " Cá se fazem cá se compram ", fiquemos a aguardar pelo desenrolar da novela , ou talvez do novelo .
Texto enviado por Endovelico Bronconcios

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