edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 31.8.06



Residindo actualmente em Madrid mantém algum tipo de contacto com a sua cidade natal?
Sim, de dois em dois meses, aproximadamente, volto a Elvas para visitar a família, os amigos, e para descansar um pouco do stress de Madrid, que é uma cidade cheia de gente e de movimento, e adoro viver cá...mas é verdade que por vezes um pouco de tranquilidade não faz mal a ninguém.
Além disso, falo ao telefone com muitos dos meus amigos de Elvas, falo quase todos os dias com a minha família, e também vou seguindo as notícias da cidade através dos meios de comunicação locais. Neste momento não me vejo a viver em Elvas, mas as saudades apertam, e a verdade é que como cidade gosto de Elvas...mas não para viver por agora! Mas sou um acérrimo defensor dos "direitos dos elvenses", os meus colegas de trabalho tinham de me ouvir todos os dias queixar-me do fecho da nossa maternidade!:)
Como correspondente em Espanha da Revista “Futebolistas” e um dos pilares do blogue http://terceiroanel.weblog.com.pt/ como analisa o estado actual do futebol português?
O futebol português, no que respeita ao "futebol jogado", penso que está num bom patamar. Quando ouço alguém dizer que as nossas equipas não são nada de especial, refiro-me sempre aos rankings, que não mentem...e se formos ao ranking da Uefa, vemos que se nós somos maus, então a maioria dos outros são bem piores que nós! E as vitórias do FC Porto em várias competições europeias, as boas carreiras de Benfica, Boavista e Sporting, por exemplo, são sinal de que se calhar somos melhores que a grande maioria dos outros países...e mesmo se me disserem que só somos bons porque o nível europeu actual é baixo, também não penso que isso seja verdade.
A nível de selecção, penso que estamos no escalão mais alto, podemos aspirar a tudo, e sou dos que gosta de Scolari... fazer o que ele está a fazer é obra, e sobretudo trouxe credibilidade à selecção, algo a que não estávamos habituados...
No que respeita à estrutura do nosso futebol, aí as coisas estão piores... os dirigentes são pessoas que nunca entendi porque é que são tão mesquinhos, criam casos de coisas fáceis de resolver, criam conflitos, e nem conseguem sequer "controlar" o próprio clube (cada vez vemos mais clubes sem dinheiro...) É uma balbúrdia... e isso é que tem de mudar no futebol português!
O blogue http://terceiroanel.weblog.com.pt/ é uma das referência nacionais na blogosfera sobre futebol, sendo um trabalho de equipa, com vários cronistas, comentadores, treinadores de bancada e uma infinidade de comentários fazem deste projecto uma aposta ganha?
É um projecto que tem de evoluir ainda, e está a passar uma fase de certa transição... sempre que lia aquele blogue ficava fascinado com o que aqueles pessoas sabiam de futebol... são pessoas que adoram futebol, sabem muito, adoram conhecer aqueles pequenos detalhes que trazem "magia" ao futebol. E teve um grande timoneiro, o Rui Malheiro, que saiu para trabalhar no Boavista, e que é um autêntico génio a nível de conhecimentos desportivos. Mas há mais jovens, que em part-time escrevem no blogue, que fazem daquele projecto algo aliciante, e sinto-me honrado por partilhar com eles aquele espaço, onde podemos ficar a conhecer dados que nunca aparecem nos jornais desportivos.
Mas agora sairam vários elementos, e estamos a passar uma fase de transição. Mas queremos continuar a lutar por um blogue que tem leitores assíduos e diários, que comentam ( e muitas vezes aportam dados de grande valor) e sentem que aquele blogue é "um outro jornal ", que podem ler diariamente como podem ler os outros jornais diários desportivos. Em resumo, um grande projecto, com gente excelente, e sinto-me honrado de fazer parte do mesmo.
Em relação ao O Elvas CAD, que teve uma brilhante segunda volta no campeonato 05/06 sob o comando de Paulinho, reforçado com a eleição da nova direcção, fazem prever uma época regular para este clube?
Penso que vai ser outra época complicada, infelizmente. A nova direcção vê-se a braços com muitas dívidas, os jogadores vão chegando e vão saindo constantemente, pelo que não há um grupo bem formado e estruturado (pelo menos foi o que aconteceu no ano passado), e a série da III Divisão em que está englobado não é fácil. Espero que me engane e lute pela subida, mas não acredito. Agora, espero que apostem mais na "prata da casa". Há dois anos a equipa tinha muitos jovens da região, e conseguiu manter-se. No ano passado, apostou-se mais em jogadores " de fora", e não fizeram melhor que os jovens do ano anterior, já que nunca lutaram pela subida...para isso prefiro que utilizem ex-juniores, que parece haver alguns de boa qualidade. Mas o clube tem tido muita indefinição, e aquela dívida que tem, e que continua a subir, não me parece normal. Penso que será necessária uma muito boa gestão para superar esta fase, e esta direcção tem a vida difícil...e quem paga é a equipa de futebol, claro, que com tanta indefinição sofre também...
Porventura uma das suas maiores experiências profissionais prende-se com os atentados da Estação de Atocha a 11/03/04, onde colaborou com a TVI. Com dois anos decorridos desde então como recorda esses dias?
Foram dias muito, muito tristes, mas naquele momento, com tanta emoção e tanta confusão, a verdade é que fiquei um pouco "anestesiado". Levanto-me de manhã, recebo uma mensagem a dizer que houve um atentado, vou trabalhar, e de repente entendo que se passou e ligam-me para colaborar com a TVI. Isto num espaço de duas horas, desde que me levantei até estar num dos locais onde tinham rebentado bombas. Foram muitas emoções juntas, mas como estava a trabalhar conseguia fugir um pouco aqueles sentimentos.
O pior foi depois, quando "parei", e tomei consciência do que sucedeu, e ver como os madrilenos se sentiam. Foi uma espécie de tristeza colectiva, também de revolta (a manifestação no dia depois, à chuva, foi algo que penso nunca poder voltar a viver), mas também foram momentos de amizade, solidariedade, algo que com o tempo já se perdeu, infelizmente... Lembro-me de estar no metro na tarde dos atentados, e ninguém falava, as pessoas estavam cabisbaixas, e havia uma tristeza tremenda. Foram momentos complicados, mas que a cidade de Madrid superou, e acabou por ser um momento único na cidade, com a solidariedade a ser o sentimento mais forte. Espero que nunca mais passe aqui e que Portugal nunca sofra uma coisa igual...
Como jovem elvense emigrado, que teve que rumar a Lisboa para estudar, nunca pensou que o seu futuro profissional passaria por Elvas?
Pensei muitas vezes, mas penso que não seria o melhor para mim, a nível profissional, pelo menos neste momento. Há pouco emprego em Elvas para jovens, e na minha "área" menos ainda... já estive a trabalhar na nossa cidade, mas... não me habituaria a viver em Elvas depois de viver e trabalhar em Madrid, que é uma cidade que oferece muito mais vantagens a nível cultural e de diversão, além de também a nível profissional oferecer "outras coisas". Já ninguém me tira a minha ida à FNAC todos os sábados, por exemplo... Também penso que os jovens se deparam em Elvas com muitos "chefes" que não entendem bem as nossas ideias. Falo por mim, deparei com pessoas espectaculares, mas também tive de trabalhar em Elvas com pessoas que nunca de lá saíram, mas que quando eu dizia ou fazia algo fora dos "padrões normais", não o aceitavam de bom grado. Para que os jovens se sintam bem a trabalhar em Elvas, penso que é necessário, além de uma maior oferta de emprego, uma mudança de mentalidade dos "patrões". Se bem que há excepções, e eu pude trabalhar com algumas dessas excepções. Por outro lado, também posso dizer que preferia trabalhar em Elvas do que em Lisboa, uma cidade de que não gostei, por diversos factores que se conjugaram (mal) todos ao mesmo tempo. Para viver e trabalhar em Lisboa, acho que preferia Elvas, sempre a qualidade de vida é bastante superior, naquilo que eu considero serem condições de vida (o preço das coisas, a funcionalidade da cidade, a tranquilidade...). Enfim, penso que nos próximos tempos, a não ser que surja um projecto aliciante que me cative, não vejo o meu futuro profissional a passar por Elvas...mas nunca se sabe!
Está Elvas condenada a ver partir os jovens?
Neste momento penso que sim, mas gostaria que as coisas mudassem. Tenho amigos que vivem e trabalham em Elvas, e conseguiram um bom trabalho, boas condições...mas acho que são excepções, na maioria dos casos é muito difícil para um jovem qualificado encontrar trabalho em Elvas. E as coisas estão a mudar em relação a que os jovens elvenses já não pensam tanto em ir trabalhar para Lisboa, mas sim para o estrangeiro. Talvez também devido à conjuntura que o país atravessa, conheço elvenses qualificados que foram viver e trabalhar para o estrangeiro, e conheço muitos outros que também querem... ou seja que se calhar a culpa de que os jovens queiram partir não é só de Elvas, é culpa do país e da situação pela qual atravessa. No meu caso, por exemplo, recebi ofertas para trabalhar em Espanha, e de Portugal nem uma resposta às dezenas de curricula que enviei... assim é difícil! Se a isso juntarmos que em Elvas há pouca oferta de emprego... as coisas complicam-se, e por agora os jovens têm mesmo de procurar ganhar a vida noutros sítios... eu consegui arranjar uma " nova cidade natal" em Madrid, cidade que adoro e me tem oferecido uma qualidade de vida fantástica, mas um dia gostava que as coisas mudassem em Elvas, e muitos dos que agora estamos fora da cidade voltássemos... tenho esperança que me ofereçam um dia um projecto aliciante!
Numa altura em que os meios de comunicação social elvenses parecem manipulados económica e/ou politicamente, qual é a sua análise sobre os mesmos?
Eu trabalhei em vários meios de comunicação social em Elvas, e se bem que agora já estou um pouco afastado do tema (há coisas que me contam que eu não faço ideia se são verdade ou não) é um pouco triste a luta que há entre eles, entre eles e o poder político, entre eles e certas "personagens" da cidade... quanto a mim um dos grandes problemas da cidade é que há pessoas que são muito conhecidas, estão metidas nos meios de comunicação, nos clubes, na política, etc., que quanto a mim não lhes interessa minimamente "fazer o bem" pela cidade ou pela instituição que representam, o que querem é protagonismo. E nos meios também há pessoas que pelos vistos procuram mais lutar por eles próprias do que pelo meio em questão. Aquelas brigas entre a Câmara e alguns meios (e não sei de quem é a culpa, não passo o tempo suficiente em Elvas como para o entender), e a aparente "cumplicidade" com outros, por exemplo, penso que não ajudam em nada a cidade, e tornam o ambiente complicado para quem trabalha nesses meios, que tem que lutar ou satisfazer certos poderes... numa cidade pequena todos deviam remar para o mesmo lado, mas em Elvas cada vez há mais brigas mesquinhas que não são nada boas para a cidade. Mas atenção, se falar das pessoas que trabalham no dia a dia nesses jornais, há profissionais de grande qualidade, e que muitas vezes nem sequer são muito valorizados...
Que lhe falta em Madrid que teria se estivesse em Elvas e vice-versa?
Sinto a falta da minha família, de muitos amigos, e penso que Elvas oferece uma tranquilidade que aqui em Madrid é complicado ter... além disso come-se muito melhor em Elvas, e podemos sair e é fácil encontrarmos pessoas conhecidas, não temos que combinar um local exacto, não há problemas para estacionar, está tudo muito mais perto... e também se nota a diferença de preços, que é brutal. Um exemplo: um café em Madrid num bar minimamente engraçado pode custar 1 euro e meio, dois euros!
Por outro lado, Madrid oferece-me muitas coisas que em Elvas não teria, já que a nível cultural, de diversão, é uma cidade fantástica, e eu tenho aproveitado isso nos últimos 3 anos. E a verdade é que também é mais fácil fazer amigos, é uma cidade muito hospitaleira, aqui se tivermos uma mentalidade minimamente aberta é fácil conhecer pessoas de todo o mundo. Tenho de admitir que adoro Madrid, mesmo tendo alguns problemas de Insegurança e de excesso de população.
Mas é curioso que muitas vezes os próprios espanhóis me fazem recordar Elvas e as suas coisas boas. Tive situações fantásticas. Por exemplo, a dona de um restaurante turístico da Porta do Sol uma vez perguntou-me de onde eu era, e quando digo de Elvas, diz-me que vai muito a Elvas e Badajoz desde pequena, e que adorava ir ao Arco-Íris, porque tinham de tudo e barato! Ou professores catedráticos a dizerem-me que adoram comer em Elvas...uns no El Cristo, outros na Bolota Castanha, outros noutros restaurantes...só aí se vê a boa oferta hoteleira de Elvas!
Qual a noticia que lhe gostaria escrever sobre o seu torrão natal?
Haveria muitas, mas por exemplo gostava de escrever que Elvas tinha sido escolhida para albergar um projecto a nível internacional que iria dar uma visibilidade incrível à cidade, e que pudesse voltar para uma cidade com mais emprego, mais oferta a todos os níveis...mas sei que isso seria utópico neste momento!
Mais "a sério", gostava de escrever que Elvas tinha sido considerada Património da Humanidade, porque podia dar outra visibilidade à cidade, e dava-me a razão quando digo a toda a gente que Elvas é muito bonita, e que muitos elvenses acabam por desconhecer (também falo por mim...mas por exemplo gostei muito do Museu Militar, e poucos elvenses lá entraram...).
Falando a curto prazo, uma boa notícia seria a abertura de novas empresas na cidade, e adorava escrever que " O Elvas" tinha subido à II Divisão.Tantas notícias que eu gostava de escrever sobre a nossa cidade...

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 30.8.06
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Durante a época estival o Palácio do Regedor promoveu mais de 50 espectáculos no Concelho. Música Pimba, Música Moderna Portuguesa, Fado, Humor, Folclore, artistas locais e de renome nacional passaram pela Praça Nova, proporcioando aos Elvenses e visitantes serões animados.
São concerteza poucos as localidades que podem orgulhar-se de terem uma programação de verão tão variada e descentralizada, dado que também todas as freguesias tiveram direito à sua noite musical. A isto chama-se investir nas pessoas e na sua qualidade de vida.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 29.8.06
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Aproveitando a realização de mais uma edição da Feira do Livro de Elvas, tem lugar hoje pelas 18H30 o lançamento da biografia do Regedor da autoria de Manuel Carvalho.
Em primeira mão este Velho Conselheiro apresenta a obra: José António Rondão Almeida, o homem e a obra.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 28.8.06
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Durante a época de férias, a denominada "silly season", colocamos ao dispor dos visitantes e co-Conselheiros a Sondagem Popular : "Se as eleições municipais fossem hoje qual seria o seu voto?"
Quando aos resultados apurados não me são estranhos pois devido as características da população votante contrastadas com os visitantes do blogue levariam indubitavelmente a um resultado claramente diferente do apurado a 09/10/2005.
O que mais chamou a atenção a este Velho Conselheiro foi o número de voto em branco! Estão os elvenses descontentes com as forças partidárias?!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 25.8.06
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Há umas semanas atrás este Velho Conselheiro leu que o Director do Linhas de Elvas se tinha demitido alegando estar a ser perseguido pelo Palácio do Regedor, e disso demos eco no édito de 11 de Agosto.
Passadas 2 semanas é com admiração que continuo a verificar que o nome de João Alves e Almeida continua a constar no cabeçalho do semanário como Director!
Afinal que se passa?!
Como estratégia comercial julgo que resultou, dado o mesmo estar nestas últimas semanas a ter maior procura nas bancas e acredito que na edição digital.
Como estratégia politica parece-me que J.A. Almeida atingiu o mesmo patamar de J. R. Almeida ao criar o pseudo-facto da auto-demissão. O Regedor disse que se demitiria se a Maternidade Mariana Martins encerrasse. O Director do “Linhas” também anuncia a sua demissão por falta de prática democrática. Tanto um como outro estão, por enquanto, nos seus postos. Como não advoguei a demissão do Regedor aquando do fecho da maternidade também não o faço agora, tanto mais que se no primeiro caso estamos perante uma instituição pública, há que ter em linha de conta que o “Linhas” é uma empresa privada, cabendo aos seus sócios velar pela melhor forma de garantir o sucesso comercial da mesma.
Contudo, penso que o Semanário Linhas de Elvas é uma instituição da Cidade, sendo que o seu labor é reconhecido como fonte de informação, constituindo já uma fonte histórica para estudo da cidade e da região na segunda metade do século XX, como tal penso que quer o seu Director quer o Regedor deveriam honrar este título, e, desde a blogosfera solicito que tal seja reconhecido no próximo feriado local com a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade ao Semanário Linhas de Elvas.


edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 24.8.06
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Após o anúncio de que haveria várias empresas nacionais e estrangeiras interessadas na exploração da Central de Camionagem e após duas aberturas do Concurso Público esta estrutura paga pelo Governo da Nação continua sobre administração directa do Palácio do Regedor!
Também a concessão do Cemitério e construção do Crematório foi reaberto concurso público dado no primeiro não se ter adjudicado o serviço!
Também o Coliseu vai ser alvo de Concurso Público para exploração e também para este o Regedor já anunciou haver diversos interessados na sua exploração. Espera este Velho Conselheiro, para o bem da gestão pública, que não aconteça o mesmo que aos anteriores anúncios e concursos!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 23.8.06
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Para quando a inauguração da Rotunda Nuno Mocinha?
Fotografia original em minhaobjectiva.blogspot.com


edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 22.8.06
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A arte na fronteira
reportagem de Miguel Judas publicada a 16 de Setembro de 2004 na Revista Visão
A vontade de um coleccionador vai fazer de Elvas a primeira cidade portuguesa com um museu dedicado, exclusivamente, à arte portuguesa contemporânea
Fernanda Fragateiro, José Pedro Croft , Pedro Cabrita Reis e Rui Chafes são alguns dos autores das cerca de 250 obras que compõem o acervo do futuro Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), com inauguração prevista para Setembro de 2005. O projecto é o resultado de uma conjugação de vontades entre a Câmara Municipal (que comprou o imóvel), o Instituto Português de Museus e um coleccionador da região, António Cachola, que cedeu as suas obras ao MACE por um período de 13 anos. O museu ficará instalado num edifício do século XVII, situado em pleno centro histórico, e o projecto de recuperação é da responsabilidade dos arquitectos Pedro Reis e João Regal e do designer Filipe Alarcão.
Constituída por obras de alguns dos nomes mais importantes da arte portuguesa contemporânea (dos anos 80 e 90), a colecção é o resultado de quase uma década de trabalho de António Cachola, 50 anos. Natural de Elvas, casado e com uma filha, este economista – com uma pós-graduação em Finanças Empresariais - começou a coleccionar, «por puro prazer pessoal, mais ou menos a meio da década de 90». O interesse pela área surgiu porém um pouco mais cedo, no início dos anos 80, durante uns Encontros de Arte Moderna em Campo Maior, a localidade onde vive e onde exerce há 25 anos as funções de administrador do grupo Delta.
«Depois de adquirir as primeiras obras comecei a pensar que gostaria de dar alguma visibilidade às peças; mostrar passou então a ser um objectivo, o que me obrigou a ter muito mais rigor e cuidado com o que adquiria», conta à VISÃO António Cachola. O convite para uma primeira mostra surgiu em 1999 e veio do outro lado da fronteira, do Museu Extremenho e Ibero-Americano de Arte Contemporânea (MEIAC), em Badajoz.
«O interesse manifestado pelo MEIAC e o êxito da exposição reforçaram a minha vontade de criar um museu, mas para isso era necessário fortalecer a colecção», refere. António Cachola recorreu então aos conselhos do crítico de arte João Pinharanda , que já havia comissariado a mostra de Badajoz. «Apenas ajudei a definir o perfil da colecção, indicando alguns artistas e obras especifícas , pelo que se tratou de uma situação especial de comissariado», explica à VISÃO João Pinharanda , que elogia o «sentido prospectivo» de Cachola. «Agora somos apenas amigos e é com orgulho que assisto à criação do museu», acrescenta.
A colecção
No decorrer dos últimos anos, António Cachola orientou a sua procura no sentido de colmatar algumas das falhas que inicialmente apontaram à sua colecção, nomeadamente a pouca representação de artistas da década de 80. Entre as aquisições efectuadas contam-se duas peças a Pedro Cabrita Reis e a série de 40 fotografias de grandes dimensões Anatomia e Boxe, de Jorge Molder . Cachola reforçou ainda muitos dos nomes já representados com a aquisição de novas obras a artistas como Joana Vasconcelos, José Pedro Croft , Rui Chafes ou Rui Sanches. Mais recentemente, e com o objectivo de manter o padrão evolutivo, foram adquiridos trabalhos de nomes ainda não representados na colecção, como Adriana Molder , Gil Heitor Cortesão ou João Pedro Vale, entre outros.
Badajoz ali ao lado
A escolha do local para o museu também não é inocente, conforme sublinha António Cachola: «Sou natural desta zona, por isso este projecto é também uma forma de trazer um tipo de propostas culturais que normalmente só está disponível nos grandes centros». Reconhece, todavia, que o museu terá de ser «um pólo de atracção com identidade própria», com uma área de influência que se pretende de Lisboa até Madrid. «Para isso teremos de encontrar um rumo com iniciativas que cativem o público. Vai ser necessário um departamento de programação muito bem estruturado. Poderá até nem ser uma estrutura fixa, mas é preciso que seja composto por alguém com experiência no meio», admite António Cachola.
Com o nascimento do MACE garantido, a próxima batalha que espera o coleccionador tem que ver com a dinâmica do museu, conforme reconhece João Pinharanda : «A descentralização da arte é fundamental, mas agora é necessário que o museu não se transforme apenas num depósito. É necessária uma programação própria, com eventos que possam mobilizar o público. Para além disso existe a proximidade com Badajoz, que tem de ser aproveitada.» A relação com o MEIAC, a apenas nove quilómetros, é uma das prioridades de António Cachola, que pretende vê-la rendibilizada com «a criação de parcerias entre as duas instituições».
O programa do museu, bem como o seu perfil, já foi entretanto elaborado pela técnica Maria Jesus Ávila, do Museu do Chiado e, logo que esteja em funcionamento, o MACE será integrado na Rede Portuguesa de Museus, podendo, então, candidatar-se a vários projectos de estudo, investigação e conservação. «Penso é que tudo isto já devia estar a andar, porque o trabalho de um museu não começa só no dia da inauguração», sustenta João Pinharanda . O aparente atraso não provoca no entanto grandes receios ao crítico: «Tenho uma grande confiança no António Cachola, o seu trabalho até aqui já provou que não há obstáculos para ele. »
Elvas, cidade museu
A intenção de criar um Museu de Arte Moderna em Elvas apanhou de surpresa o presidente da autarquia, Rondão Almeida, que desconhecia a existência da Colecção António Cachola – o coleccionador apresentou a proposta ao autarca no ano 2000. «Com uma colecção e um coleccionador disposto a mostrá-la, competia à Câmara arranjar um local. Foi isso que fizemos, ao adquirir à Misericórdia de Évora o edifício onde vai funcionar o museu», explica Rondão Almeida. O projecto de recuperação do imóvel tem um orçamento superior a três milhões de euros, atribuídos pelo Plano Operacional de Cultura, com uma participação camarária de 25 por cento. Depois de pronto, o MACE deverá ter uma área de 3 mil metros quadrados.
«Por outro lado, um projecto destes é uma mais-valia para a cidade, porque traz com ele uma projecção nacional», acrescenta o autarca. Mas também porque um museu com este perfil se enquadra na perfeição no plano municipal de fazer de Elvas uma « cidade-museu », que já levou à criação de um conjunto de núcleos temáticos em alguns dos edifícios históricos da cidade. São eles o Museu de Arte Sacra, o Museu Militar (no Forte de Santa Luzia), da Fotografia (no antigo cinema São Mateus), de Arqueologia e o Rural, a abrir brevemente.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 21.8.06
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Edificada em 1227 vai sofrer diversas reconstruções e remodelações ao longo dos séculos XV a XVIII, senda a última grande intervenção realizada após o sismo de 28 de Fevereiro de 1969.
É um templo de planta longitudinal, composta de três naves, cruzeiro, capela-mor, sacristia, torre sineira antiga e actual e instalação sanitária. Massa simples, disposta na horizontal. Cobertura exterior em telhado de duas águas sobre as naves, zimbório com lanternim sobre a capela-mor, coruchéu sobre a torre sineira e telhado de uma água sobre a sacristia e instalação sanitária. Fachada principal a SO., de pano único, limitada por cunhais em granito, dentados, escadaria em mármore a anteceder um portal também em granito, em forma de arco ogival assente sobre três pilastras com dois meio colunelos adossados de cada lado, com capitéis decorados com folhas de hera, assentes sobre silharia aparelhada, ombreiras decoradas imitando um outro colunelo; sobre o portal um janelão rectangular com moldura rectilínea, em granito e do lado esquerdo, terminando na cornija do arco, uma fiada de pedras aparelhadas idênticas às dos cunhais; remate com frontão contracurvado, com cornija saliente, pintada a amarelo, e, nos acrotérios, uma cruz com duas datas inscritas: "E 1227 / R 1877"; é ladeada por fogaréus. Fachada lateral direita a SE. adossada a edifícios da malha urbana. Fachada lateral esquerda a NO: com dois panos, o primeiro rasgado por um portal rectilíneo, em mármore e com um corpo saliente que corresponde a um nicho interior; o segundo pano, mais baixo e recuado, tem um aporta com moldura recta em mármore, antecedida por três degraus; ambos os panos rematam em beirado recto. Fachada posterior a NE., adossada a edifícios da malha urbana. Vê-se surgir por trás dos edifícios adossados à igreja, a E. a torre sineira, por ser mais alta que o mesmos, com dois registos, o inferior rasgado por uma pequena fresta a SE. e o superior rasgado por dois olhais a SE. e a NO. e por um olhal a NE. e a SO.; remate com cornija saliente pintada amarelo, sobreposta por coruchéu.
O seu interior de três naves separadas por quatro arcos formando quatro tramos; os arcos dos extremos, de volta perfeita, são mais baixos, em alvenaria, sendo o arco do primeiro tramo, do lado do Evangelho, cego; os restantes arcos, mais elevados, são ligeiramente apontados, têm o intradorso em pedra emparelhada e assentam sobre colunas oitavadas. Púlpito de planta circular, assente sobre coluna de fuste liso, com grade em ferro forjado, colocado junto à segunda coluna do lado do Evangelho a contar da capela-mor. Parede fundeira rasgada por porta em madeira com moldura em pedra emparelhada encimada por janelão rectangular com grade em ferro; a parte da parede que cerca a porta tem o aparelho, irregular, à mostra ao contrário do resto da parede que é de alvenaria branca; guarda-vento em madeira. Parede da Epístola com uma pia de água benta lisa, uma porta com moldura pétrea recta, de acesso a uma arrecadação e ao trono da capela que se segue, de planta rectangular, antecedida por três degraus, com um arco de volta abatida, em mármore, retábulo também em mármore, em tons de cinzento e branco rosado, decorado com elementos vegetalistas, aletas e enrolamentos, com camarim profundo ao centro com uma Pietá em madeira dourada e policromada sobre um trono, rematado por frontão curvilíneo assente sobre mísulas, com o cordeiro místico em medalhão central, cobertura em abóbada de berço, pavimento em mármore enxaquetado; a seguir outra capela, de planta rectangular, exuberantemente decorada com estuques pintados em tons de azul, vermelho, amarelo e branco, a imitar mármores, com motivos vegetalistas, concheados e querubins; retábulo com duas colunas coríntias com o fuste em mármore cinzento escuro; imagem do Sagrado Coração de Jesus num nicho central, remate com frontão interrompido com medalhão central; altar também decorado com estuques; em dois nichos rasgados nas paredes laterais da capela, as imagens de "Santa Teresa de Ávila" e "Santo António", sobre um plinto. Do lado do Evangelho, a ocupar o primeiro tramo um baptistério de planta rectangular, fechado por grade de ferro forjado, com pia lisa, coberto por uma abóbada de berço e encimado por um registo em azulejos azuis e brancos representando o Baptismo de Cristo. Por trás da capela baptismal a antiga torre sineira, cujo acesso é feito por uma porta existente na parede que fecha o primeiro tramo. Parede rasgada por uma porta para o exterior, de verga recta, com vão fundo, precedida de dois degraus em mármore, o segundo maior, com o cobertor enxaquetado; uma capela com um arco de volta perfeita assente sobre pilastras de secção rectangular, com capitéis decorados com elementos vegetalistas, toda em estuque pintado a imitar mármores em tons de cinza, rosa, amarelo, azul e vermelho, com um retábulo com três nichos, o central maior, com uma imagem de "Nossa Senhora" e os laterais com imagens de "Santa Ana a ensinar a Virgem Menina a ler", à esquerda, e "São Gabriel pesando as almas", do lado oposto, altar também pintado a imitar mármores com uma cruz ao centro numa moldura, no chão uma campa rasa. A seguir uma porta, pequena, com moldura recta em granito, que dá acesso a um corredor que conduz, através de escadas à direita, à torre sineira e indo em frente ao exterior; um nicho levado, com moldura pintada a amarelo decorada com elementos vegetalistas em estuque branco, com uma imagem do "Senhor dos Passos" sob a qual se encontra um confessionário em madeira. Cobertura das naves em madeira apainelada, a da nave central em mansarda e as das naves laterais de uma água; pavimento em tijoleira nas naves, granito nos degraus e mármore nas capelas laterais e baptistério. Arco triunfal de volta perfeita, em granito aparelhado, assente sobre duas pilastras de secção rectangular adossadas à parede. O cruzeiro, onde se encontra o altar-mor, tem uma porta de acesso à sacristia no lado da Epístola, com moldura recta em granito, e outra de acesso a uma instalação sanitária na parede oposta; cobertura com uma cúpula oitavada, em alvenaria, com o fundo cor de tijolo, decorada com figuras, rótulos e laçarias em cada gomo, rematada por lanternim; pavimento em tijoleira. Arco de volta perfeita em alvenaria branca e três degraus separam o cruzeiro da capela-mor. Capela-mor de planta rectangular, retábulo-mor em alvenaria pintado de branco, com duas colunas coríntias assentes sobre mísulas colocadas na parede, por cima das portas de acesso à parte de trás do retábulo, camarim profundo com trono Eucarístico, quando tapado antecedido de uma imagem de Cristo Crucificado, remate em frontão contracurvado, altar também em alvenaria branca, com medalhão central com cruz; cobertura da capela-mor em abóbada de berço assente sobre sanca, pavimento em tijoleira. Sacristia antecedida por corredor longitudinal que serve de escritório, com uma pia de água benta na parede do lado esquerdo, uma janela rasgada na parede oposta e uma imagem de São Pedro sobre um armário moderno. A separar o corredor da sacristia um arco em alvenaria de volta abatida, assente sobre pilastras adossadas à parede. Sacristia de planta rectangular, com um arcaz em madeira castanha, com espaldar em frente e lavabo de uma pena, em mármore, rematado por um frontão partido no vértice, ladeado por aletas do lado esquerdo.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 18.8.06
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A 4 de Abril foi assinado pelo Palácio do Regedor, pela Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e o Vice-Presidente do Centro de Sistemas Urbanos e Regionais do Instituto Superior Técnico um protocolo que visava a realização de um projecto denominado “Estudo Estratégico de Desenvolvimento da Área de Transição entre Elvas e Espanha”
Com o objectivo de estudar a antiga fronteira do Caia no sentido de reestruturar, redimensionar e internacionalizar um território com algumas preexistências mas que adquiriu uma nova vocação resultante da conjuntura nacional e internacional, este estudo com o custo que ronda os 35 mil euros, integralmente financiados pelo Palácio do Regedor de Elvas, deveria estar concluido em finais de Julho/06, mas até à data ainda não foram anunciados os resultados.
    • Como sempre, não foram respeitados os prazos?
    • Não são os resultados os esperados?
    • Haverá discussão pública?

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 17.8.06
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edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 16.8.06
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O Regedor prestou declarações ao sitio electrónico sobre tauromaquia: "http://www.opinionytoros.com/"

EL ALCALDE DE ELVAS Y LA REMODELACION DE SU PLAZA
Con la remodelación de la Plaza de toros de Elvas concluida, fuimos a hablar con el mentor de la iniciativa, el Alcalde del Ayuntamiento de Elvas, Sr. José Rondão Almeida, para que nos enteráramos de lo que se va a hacer en el nuevo coso de la ciudad de la raya.

–Sr. Alcalde, para cuando la reinauguración de la Plaza de Toros de Elvas?
Primero quiero decir que no será una reinauguración, pues la Plaza que teníamos, no tenía condiciones para suportar las remodelaciones que nosotros queríamos hacer. Por eso, lo que hicimos fue una Plaza multiusos, que servirá también para otros eventos e no solo para la Fiesta de los Toros.
–Pero el Ayuntamiento ya tiene una fecha para la inauguración?
Lo vamos a hacer en la segunda quincena de Septiembre.
–Quien será el empresario de la Plaza, el Ayuntamiento o pelo contrario, será abierto un concurso público?
Hasta el final del año será el Ayuntamiento, después la entregaremos a un empresario para la parte de los toros e a otro la vertiente artística e musical, quedando el Ayuntamiento con la responsabilidad de la organización de otros eventos, así como de la manutención de la misma. Esto será, claro esta, en concurso publico como esta estipulado en la ley de las autarquía
–Sr. Alcalde, me hablo del Ayuntamiento hacer la exploración hasta el final de año, lo que van a organizar hasta Diciembre?
La inauguración será con un espectáculo como lo que fue producido para la presentación de la Plaza de Campo Pequeño, un espectáculo con un poco de todo lo que se puede hacer en la Plaza, incluso el toreo.
–Por la manera que habla no se va a quedar por eso, que vendrá más?
Si, es verdad. No nos vamos a quedar por eso. El día siguiente tendrá lugar una Corrida de Toros á la Portuguesa, para pasados dos días, se realizar una que tenga los rejoneadores y la parte Española. Además de esto en los meses de Octubre a Diciembre se organizaran eventos en que se pueda demostrar las valencias de la Plaza, desde deportivos, musicales, caballos, etc.
–Para las Corridas de Toros ya tienen toreros contratados y puede adelantarnos los nombres?
Aun no, pues no existe aun nada de concreto, estamos hablando con las personas, queremos hablar con el rejoneador Joaquim Bastinhas, que es el Torero de Elvas, queremos traer a Moura, o sea las Figuras del Toreo.
–Y Españoles?
Como le dije antes, queremos presentar a los aficionados buenos carteles, con las grandes figuras del toreo, por eso es posible que vengan Españoles.
–En virtud de la construcción de la Plaza de Toros ser una iniciativa del Ayuntamiento y mas concretamente del Sr. Alcalde. Cuales las medidas de apoyo e proyectos están programados pelo ejecutivo a la Fiesta Brava en la comarca?
Ahora compramos ya una Plaza de Toros portátil, pero vamos a comprar más, pues queremos que cada pueblo de la comarca tenga una Plaza. Como usted sabe, los festejos menores, capeas, becerradas y otros, son los que traen nuevos aficionados y es nuestra intención que el apoyo que estamos haciendo traiga más gente nueva a la Fiesta e así también a la nueva Plaza de la ciudad.
–Nos puede adelantar un valor aproximado del coste de la nueva Plaza?
Es un valor bastante significativo, siete millones y medio de euros.
–Para finalizar, como se va a llamar la nueva Plaza de Toros?
El nombre ya fue aprobado en reunión del ejecutivo, se llamara Coliseo José Rondão Almeida.
–Muchas gracias Sr. Alcalde, por la entrevista que nos concedió en primera mano y que tengamos muy buenas corridas en la nueva Plaza de Toros de Elvas.
Entrevista conduzida por Sérgio Carvalho a 06/07/2006 e publicada aqui

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 14.8.06
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Em 1943, o Sport Lisboa e Elvas, conseguiu provocar, no meio desportivo da cidade, a maior revolução futebolística de todos os tempos, inundando o País de curiosidade, entusiasmo e admiração. A filial do Benfica, dois anos depois, havia entrado na alta roda do futebol nacional. E, a nossa cidade, na época de 45/46, vestiu as suas melhores galas para receber as embaixadas futebolísticas, que, desde o norte ao sul do País se deslocavam para conhecer a fidalga senhora, que antes, guardada pelas suas seculares e sumptuosas muralhas, ocultava todo o seu riquíssimo tesouro, colocado, enfim, a descoberto graças à façanha gloriosa de uns quantos guerreiros sem nome. Em 46/47, a filial do Benfica disputava o campeonato nacional da 1º divisão, no segundo ano consecutivo. E, porque vivia um momento menos bom, no tocante a finanças, resolveu solicitar, ao clube sede, a necessária ajuda que, lhe foi negada com o pretexto, inexorável, de nunca terem subsidiado financeiramente qualquer filial, e não se encontrarem em condições de o poder fazer. Nada mais claro e absorvente. Mas, a renúncia do Benfica, em ajudar a sua filial nº 6, não caiu bem no meio desportivo da cidade, dando lugar a um oportuno e sentido desapontamento e, a confissões pouco lisonjeiras, quanto ao relacionamento das sedes com os clubes satélites.
Por ironia do destino, o Sporting Clube Elvense queixava-se do clube sede, com o qual também já havia tido um tratamento igual. E os sócios das duas filiais começaram por descaracterizar a crença filial, e a pensar na escolha de outros rumos, motivados pelas desilusões contraídas, que toldaram as suas paixões clubistas e os levou a concluir, que, transformando os dois clubes num só, a cidade ganhava um representante que não tinha, valorizado com o reforço dos jogadores e dos sócios dos dois clubes. Além disso, acabava-se, de vez, com a demolição do muro irreversível da rivalidade, que só prejudicava a legitimidade dos seus intentos. E a ideia frutificou e teve o seu epílogo, com o beneplácito dos desportistas mais sensatos, mais compreensíveis e menos fanáticos. E no dia 15 de Agosto de 1947, da fusão amiga, das duas filiais, nasceu "O Elvas" Clube Alentejano de Desportos, que foi ocupar o lugar do Sport Lisboa e Elvas, no campeonato nacional da 1ª divisão, e os desportistas elvenses, amantes do futebol e, agora, unidos no mesmo clube, continuavam vivendo a alegria que grassava na cidade, e a dedicar-lhe todo o apoio e o indelével entusiasmo, porque "O Elvas" passou a ser o lídimo representante da nossa cidade, ou seja o clube de todos nós.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 11.8.06
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O director do jornal Linhas de Elvas, em comunicado a que a agência Lusa teve acesso, João Alves e Almeida, demitiu-se do cargo, alegando "perseguição pessoal" por parte da Câmara Municipal de Elvas, mas continua à frente da empresa proprietária do semanário.Num documento em que anuncia a decisão, João Alves e Almeida argumenta que a "perseguição pessoal" tem-se traduzido em "comunicados emitidos pelo município local, onde é invocado o jornal, o último dos quais distribuído no dia 05 de Agosto"."Tenho sido perseguido publicamente através de uma série de comunicados, que são uma constante há uma década", alega o director demissionário.Para o director demissionário, o último comunicado da autarquia "ultrapassa as marcas", por misturar uma empresa, da qual é sócio, que tem 117 anos e que "não merece ser beliscada", a Linhas de Elvas-Empresa Gráfica.João Alves e Almeida manifesta ainda desagrado pelo facto do nome do seu pai, Ernesto Alves e Almeida, fundador do Linhas de Elvas, ter sido invocado, num dos comunicados do município local."Trata-se de uma pessoa que está morta, que não se pode defender e que nada tem a ver com a salutar troca de galhardetes entre instituições e pessoas", sustentou.Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida (PS), escusou-se a comentar o caso."Desconheço o que se passa, uma vez que me encontro em férias e, mais, tenho como conduta não me pronunciar sobre casos que se passam em outras instituições", disse.
in Rádio Portalegre

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 11.8.06
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Porque rir é o melhor remédio...

em parceria com Sergei Cartoons

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 10.8.06
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A localização da futura estação internacional de AV do Caya/Caia tem já localização prevista no Plano General de Ordenacion Urbana de Badajoz. Como se observa na figura acima esta ficará a norte da auto estrada Lisboa / Madrid, nas proximidades da linha de fronteira e na zona onde se localiza uma área de serviço. Esta mesma área será a continuação espanhola da Plataforma Logística do Caia, sendo que esta tem como ancôra também a AV.

O que importa na óptica deste Velho Conselheiro é que aquela estrutura internacional tenha realmente um carácter transfronteiriço e sirva de motor ao desenvolvimento da conurbação Elvas / Badajoz.

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 9.8.06


Boletim do Palácio do Regedor nº 80 serie IV pag. 28
Confira aqui

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 8.8.06

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 7.8.06

A 18 de Julho , com este mesmo título, escrevemos: "Também é urgente que o Regedor se aperceba que hoje em dia quando um turista se prepara para a sua viagem este fa-lo atravez da internet, e diga-se que o Sitio Electrónico do Palácio do Regedor nada, repito, nada ajuda a vender a imagem de Elvas como destino de viagem. Não há informação sobre hoteis e restaurantes! Não há informação sobre percursos, monumentos visitaveis e horários de visita! E claro o pouco que existe é em português quando o maior mercado de Elvas fala espanhol e depois a língua internacional - o inglês!"
Segundo se vê na foto acima, o Gabinete de Informação e Propaganda está a reformular o sitio oficial do Palácio do Regedor introduzindo mais informação sobre o turismo local. Parece a este Velho Conselheiro que não serão estas as suficientes, mas na falta de melhor... Vejamos alguns exemplos:

Enquanto não chega uma página digna, apelativa, informativa e bem cuidada sobre o Turismo de Elvas, espara-se que o que o sitio oficial vai introduzir sobre o turismo tenha frutos!


edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 5.8.06
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Talvez o Zé de Mello se tenha enganado!
Um dos meus receios sobre o Concelho de Elvas, prendia-se com a monopolização por parte do "Partido Rondão Almeida" das sociedades culturais, deportivas e recreativas do concelho, bem como das comissões de Festas. Estas estruturas de carácter popular foram ao longo dos tempos centros democráticos, até nos tempos da outra ditadura, locais de encontro e onde as vontades dos homens (mulher não entra!) faziam acontecer verbenas, torneios e Festas.
Ao ler o Linhas de Elvas apercebo-me de um punhado de jovens que contra vontades estabelecidas e politiquices lançam mãos à obra para que não se percam tradições. Assim se passou em Vila Boim e Terrugem. São estes elvenses de novas gerações que já apanharam o futuro nas suas mãos. Sejam quais sejam as suas intenções pessoais e profissionais quero acreditar que eles olham orgulhosos para as realizações que fizeram e que concerteza mais poderão fazer pelas suas aldeias e pelo concelho.
Obrigado!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 4.8.06
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Éditos antigos que continuam bem actuais:
Quarta-feira, 24 de Agosto de 2005

SONS DA IBÉRIA


Nos dias de hoje para nos afirmarmos na sociedade e tentar fugir ao anonimato temos que ser especiais, diferentes, ter uma estrelinha que nos faça brilhar entre a multidão.O mesmo podemos aplicar às nossas cidades. Se pensamos em Braga, lembramo-nos do canudo, dos Arcebispos; se for Coimbra, são os Doutores, o Fado e a Universidade; ou mais recentemente se for a Costa Alenteja é o Sudoeste e a Zambujeira ou Mérida com o Festival de Teatro em Espanha.E nós por cá?!.....Pelo que tenho visto e pelo que vou sabendo temos algumas actividades culturais e musicais, mas convenhamos estamos a trabalhar para dentro!Porque não se aposta na realização de um evento que mobilize e leve até aos 4 cantos do país o nosso nome: Elvas. Ou melhor porque não aproveitar a nossa posição geografica e fazer deste acontecimento algo transfronteiriço e assim projectar-nos também do lado de lá do Caia até ao Mediterraneo.
A hotelaria, a restauração, o comércio e toda a economia local só teria a ganhar com isso!Espaço para realizá-lo parece que vamos ter, o Pavilhão Multiusos do Morgadinho.Falta agora pensar num fio condutor para este evento.Eu deixo o meu grão de areia: Festival Sons da Iberia - Fado, Flamengo, Gaitas, Cante Alentejano, "la jota", o Vira e o Malhão. Grandes nomes de um lado e do outro da raia num encontro ibérico de sons e musicalidades.Talvez a nossa estrutura local, incluindo o municipio, não tenham envergadura para levar em frente esta ideia, mas para isso existem acordos comerciais e não faltam no panorama nacional empresas que já deram provas de conseguir mover montanhas e realizar utópias!

Fica a ideia.....

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 3.8.06
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Durante cerca de um mês tiveram a palavra os visitantes e co-Conselheiros do blogue na Sondagem Popular sobre o nome do Pavilhão Multiusos.

Ficam os resultados:

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 2.8.06
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Depois de em Janeiro deste ano ter sido galardoado com o Prémio Zé de Mello'05 para o melhor sitio electrónico, eis que a Rádio Elvas apresenta uma nova imagem no seu sitio.
A cor amarela, imagem de marca da rádio, dá agora lugar a um ambiente mais relaxado e moderno do "site", apresentando uma imagem de cabeceira bem conhecida dos elvenses. Lugar ainda para as crónicas de João Vinagre e Manuel Carvalho (para quando as dos demais cronistas?), para as fotoreportagens e claro a emissão online. Como nota negativa a informação metereologica sobre Beja! Aos elvenses residentes e além mares interessa, talvez, a temperatura em Elvas e não na capital do Baixo Alentejo!
Também nesta data nasce um novo blogue sobre os "media" elvenses, depois do A Rádio em Elvas nasce agora o Rádio e TV na Cidade de Elvas, esperemos te-lo por cá muito tempo!

edição:Velho Conselheiro Ze de Mello a 1.8.06
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Em 1518 dá-se a primeira fundação, com a construção do primeiro convento num vale, próximo das muralhas de Elvas, graças a uma doação de terrenos feita por Genebra da Rosa e por Manoel Paçanha, fidalgo de Elvas devido à insalubridade do local a congregação passa em 1591 para o cimo da colina, junto ao Aqueduto da Amoreira. D. Fernando da Silva e sua esposa D. Beatriz de Brito, doadores de maior parte dos terrenos da edificação, são os padroeiros deste segundo edifício.

Devido à sua posição no alto da colina este trensforma-se em fortim das tropas espanholas em 1658 / 1659 aquando do cerco que viria a terminar com a Batalha das Linhas de Elvas. Para em 1691 ser recuperado e de novo acolher os Franciscanos. Contudo com as invasões francesas, volta a ficar bastante danificado pela artilharia da praça. Finalmente a 9 de Junho de 1834 é desocupado pela expropriação dos bens das ordens religiosas, passando a 13 de Maio de 1842 a servir de campo santo, instalando-se aí o cemitério: "A 13 Maio 1842 veio à camara a adm. militar para que dissesse se recebia ou não a igreja, tapada e jardim do exº convento para a formação do cemitério, como lhe foi concedido. Resposta que sim".

Desde essa data até aos dias presentes continuo com essa ocupação e caindo em continuo abandono até que em 2005 sofre importante obras de beneficiação para aí se instalar o Arquivo Histórico Municipal.

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